ATA DA SEXAGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 24.06.1988.

 

 

Aos vinte e quatro dias do mês de junho do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Sexagésima Sétima Sessão Ordinária da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura. Às nove horas e quarenta e cinco minutos foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Artur Zanella, Bernadete Vidal, Brochado da Rocha, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Elói Guimarães, Ennio Terra, Flávio Coulon, Frederico Barbosa, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Ignácio Neis, Jaques Machado, Jorge Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Mano José, Nei Lima, Nereu D’Ávila, Nilton Comin, Paulo Satte, Rafael Santos, Raul Casa, Teresinha Irigaray, Valdir Fraga, Werner Becker e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e solicitou a Verª Gladis Mantelli que procedesse à leitura de trecho da Bíblia. A seguir, o Sr. Secretário procedeu à leitura da Ata da Sexagésima Sexta Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA foram encaminhados: pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, 06 Pedidos de Informações, acerca dos Pedidos de Informações nºs 32, 35, 37/88 e das respostas aos mesmos encaminhadas pelo Executivo Municipal, das decisões tomadas pelo CMPDDU quanto às modificações introduzidas na Lei do Plano Diretor em 1987 e a respeito do Fundo de Desenvolvimento Urbano, das denúncias do Jornal Zona Sul sobre as construções irregulares na Praça Iracema, Bairro Espírito Santo e sobre o Tribunal de Contas do Município; pelo Ver. Aranha Filho, 01 Pedido de Providências, solicitando reposição de lâmpadas na iluminação pública da Rua Engenheiro Veríssimo de Matos, em frente ao nº 222 e nas imediações desse logradouro; 01 Pedido de Informações, sobre o suporte legal no qual a Prefeitura se baseou para autorizar a transformação da Praça Comandante Carlos Ruhl em estacionamento privativo e pago; pelo Ver. Caio Lustosa, 01 Pedido de Informações, sobre a existência ou não de permissão ou qualquer outro ajuste entre o Município e terceiros para a instalação de cabines telefônicas na Cidade e solicitando que sejam enviadas maiores informações sobre o andamento do processo nº 01.017.239.85.0; pelo Ver. Clóvis Brum, 02 Pedidos de Providências, solicitando implantação de ponto de iluminação na Av. “A”, em frente ao nº 51, implantação de rede de iluminação pública na Praça Jardim Itati; pelo Ver. Flávio Coulon, 01 Emenda ao PLL nº 89/88 (proc. 1146/88), que obriga o Município ou as empresas permissionárias ou concessionárias do serviço de transporte coletivo público do Município a comercializarem passagens antecipadamente; pelo Ver. Lauro Hagemann, 01 Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 10/88 (proc. nº 1299/88), que acrescenta parágrafo ao artigo 23 da Lei Complementar nº 12/75, que institui posturas para o Município de Porto Alegre; pelo Ver. Luiz Braz, 01 Pedido de Providências solicitando limpeza no terreno baldio situado na Rua Taveira Júnior, entre os números 268 e 284. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nos 336, 339 e 340/88, do Sr. Prefeito Municipal; Memorando n.º 123/88, da Supervisão para Assuntos Externos/SGM; Cartão da FEPLAM. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Ver. Jorge Goularte solicitando inversão dos trabalhos, passando-se ao período da PAUTA. Em Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 46, 86, 92, 93, 94, 96, 97, 89 e 91/88; os Projetos de Resolução nos 13, 21 e 24/88; o Projeto de Lei do Executivo nº 35/88; em 2ª Sessão, o Substitutivo ao Projeto de Lei do Legislativo nº 56/88; o Projeto de Lei do Legislativo nº 95/88; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 79 e 90/88; o Projeto de Resolução nº 22/88. Após, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal do Ver. Flávio Coulon solicitando alteração na ordem de votação dos projetos. Em Discussão Geral e Votação foram aprovados o Projeto de Resolução nº 19/88; os Pedidos de Autorização nos 10; 09/88. Ainda foram aprovados Requerimentos do Ver. Hermes Dutra, solicitando a retirada da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 28/88; do Ver. Antonio Hohlfeldt, solicitando a retirada da Emenda nº 13 aposta ao Projeto de Lei do Executivo n° 28/88; das Lideranças da Casa, solicitando a votação em bloco das Emendas de nos 06, 07, 11, 12, 18, 20 e 24 e das Subemendas de nos 01 e 02 da Emenda de nº 20, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 28/88. Ainda, foram apregoadas 02 Subemendas de Líder à Emenda de nº 20, de autoria dos Vereadores Brochado da Rocha e Cleom Guatimozim e 01 Subemenda de Líder à Emenda nº 22, de autoria do Ver. Jorge Goularte, todas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 28/88. Também, o Sr. Secretário procedeu à leitura dos Pareceres Conjuntos das Comissões de Justiça e Redação, de Educação e Cultura, de Finanças e Orçamento e de Urbanização, Transportes e Habitação às Subemendas nos  01 e 02 à Emenda nº 20 e à Subemenda nº 03 à Emenda nº 22, acima referidas, colhendo-se os votos das Comissões relativos a esses Pareceres, que foram aprovados. Em Discussão Geral e Votação Secreta foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 28/88, com Mensagem Retificativa, por trinta votos SIM e um voto EM BRANCO e as Emendas a ele apostas de nos 06, 07, 11, 12, 13, 24 e 20 com suas respectivas Subemendas, votadas em bloco, por vinte e oito votos SIM contra dois votos NÃO e um EM BRANCO; a Emenda de nº 02, por vinte e quatro votos SIM contra sete votos NÃO, tendo sido rejeitada a Emenda a ele aposta de nº 03, por quatorze votos SIM contra quinze votos NÃO e um EM BRANCO. O Projeto de Lei do Executivo nº 28/88 e as Emendas a ele apostas foram discutidos pelos Vereadores Elói Guimarães, Mano José, Flávio Coulon, Valdir Fraga, Artur Zanella, Gladis Mantelli, Teresinha Irigaray, Rafael Santos, Hermes Dutra, Antonio Hohlfeldt, Clóvis Brum, Nei Lima e Brochado da Rocha e foram encaminhados à votação pelos Vereadores Lauro Hagemann, Jorge Goularte, Raul Casa, Hermes Dutra, Cleom Guatimozim, Jussara Cony, Gladis Mantelli, Antonio Hohlfeldt e Werner Becker e foram escrutinadores, na votação, os Vereadores Aranha Filho e Clóvis Brum. Durante os trabalhos, o Sr. Presidente registrou a presença, no Plenário, da Profª Neuza Canabarro, Secretária Municipal de Educação, convidando S. Sa. a fazer parte da Mesa. Os trabalhos estiveram suspensos por duas horas e dois minutos, nos termos do art. 84, I do Regimento Interno e por quarenta e cinco minutos, nos termos do art. 84, III do Regimento Interno. Às dezoito horas e vinte e cinco minutos, esgotado o prazo regimental da presente Sessão, a Srª Presidente levantou os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Brochado da Rocha, Frederico Barbosa, Luiz Braz, Gladis Mantelli e Rafael Santos e secretariados pelos Vereadores Gladis Mantelli, Rafael Santos e Jorge Goularte, o último como Secretário “ad hoc”. Do que eu, Gladis Mantelli, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por mim.

 

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): A Mesa, ao iniciar os trabalhos, cumprimenta os presentes e, posteriormente, é obrigada a cumprir o Regimento Interno. As palmas são bastante agradáveis e as vaias são próprias da democracia, mas, cabe ao Presidente da Câmara ou a qualquer integrante da Mesa cumprir o Regimento Interno, pelo que pedimos a todos os senhores e senhoras aqui presentes que nos ajudem a conduzir os trabalhos. Faço isto pelo indeclinável dever de cumprir aquilo que me manda a Lei.

 

O SR. JORGE GOULARTE: Para um Requerimento, Sr. Presidente. (Assentimento da Presidência.) Houve um acordo com as Lideranças, para que haja uma inversão, para que corram Pauta os Projetos, a fim de que não se atrasem as votações. Então, eu faço um Requerimento a V. Exa., já antecipadamente ficando combinado que não haverá discussão de Pauta, apenas que corra Pauta para que os Processos possam ser mais agilizados. Meu Requerimento é neste sentido.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos, a seguir, à

 

PAUTA – DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

1ª SESSÃO

 

PROC. 0827/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 46/88, do Ver. Ennio Terra, que denomina Praça Universíade um logradouro público.

 

PROC. 1117/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 86/88, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que denomina Rua Fernando Corona um logradouro público.

 

PROC. 1168/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 92/88, da Verª Teresinha Irigaray, que dispõe sobre a criação do Corpo de Baile Municipal na Cidade de Porto Alegre.

 

PROC. 1179/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 93/88, do Ver. Hermes Dutra, que acrescenta disposição ao parágrafo único do artigo 1º, da Lei nº 5.624, de 18 de setembro de 1985, que estabelece a isenção do pagamento de tarifas de transporte coletivo do Município de Porto Alegre para pessoas de mais de 60 anos e dá outras providências.

 

PROC. 1187/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 94/88, da Verª Bernadete Vidal, que dá nova redação ao parágrafo 1º do artigo 2º, da Lei nº 5.456, de 23 de outubro de 1984.

 

PROC. 1098/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 21/88, da Verª Bernadete Vidal, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Sra. Adolfina Quaresma da Silva.

 

PROC. 1152/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 24/88, da Verª Bernadete Vidal, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Waldim de Lima.

 

PROC. 1236/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 96/88, do Ver. Frederico Barbosa, que denomina Avenida Leopoldo Geyer um logradouro público.

 

PROC. 1237/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 97/88, do Ver. Ennio Terra, que denomina Praça Jardim das Oliveiras um logradouro público.

 

PROC. 1242/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 13/88, do Ver. Hermes Dutra, que concede o título honorífico de Cidadã Emérita à Senhora Norma Medeiros.

 

PROC. 1245/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 35/88, que cria cargos de provimento efetivo no Serviço Público Centralizado do Município e dá outras providências.

 

PROC. 1146/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 89/88, do Ver. Flávio Coulon, que obriga o Município ou as empresas permissionárias ou concessionárias do serviço de transporte coletivo público do Município a comercializarem passagens antecipadamente.

 

PROC. 1165/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 91/88, da Verª Teresinha Irigaray, que dispõe sobre cadastramento de motorista de táxis, cursos de primeiros socorros, turismo e urbanismo e prestação de socorro a vítimas de acidentes.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 879/88 – SUBSTITUTIVO ao PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 56/88, do Ver. Isaac Ainhorn, que acrescenta dispositivos à Lei nº 5.732, de 31.12.85 (Insalubridade ou periculosidade). (Substitutivo de autoria do Ver. A. Hohlfeldt).

 

PROC. 1191/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 95/88, do Ver. Hermes Dutra, que institui, no Município de Porto Alegre, o Dia do Trovador e dá outras providências.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 1020/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 79/88, do Ver. Adão Eliseu, que cria o Festival Porto-Alegrense da Canção Gaúcha.

 

PROC. 1099/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 22/88, da Verª Bernadete Vidal, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Dr. Carlos Burle Cardoso.

 

PROC. 1162/88 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 90/88, da Verª Jussara Cony, que denomina Acesso Júlio Cesar de Melo Pinto um logradouro público.

 

O SR. PRESIDENTE: Não há oradores inscritos em Pauta. Solicito à Sra. 1ª Secretária que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para verificação de “quorum”.

 

(A Srª 1ª Secretária procede à chamada.)

 

A SRA. 1ª SECRETÁRIA: Há “quorum”, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE: Havendo “quorum”, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. FLÁVIO COULON: Para um Requerimento, Sr. Presidente. (Assentimento da Presidência.) Solicito alteração na ordem de votação dos projetos, no sentido de que sejam apreciados, em primeiro lugar, os de número 902, 704 e 703.

 

O SR. PRESIDENTE: São todos, Sr. Vereador?

 

O SR. FLÁVIO COULON: Não. O Processo nº 0412 não, porque é polêmico.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa recolhe o Requerimento do Sr. Ver. Flávio Coulon no sentido de que, pela ordem, sejam invertidos.

 

O SR. NEI LIMA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, perguntaria se ainda tem algum outro projeto junto com esses aí. Se existirem, eu solicito que, ao invés desses três, todos os projetos que antecedem o Projeto do Magistério sejam votados para que depois possamos discutir e votar o Projeto do Magistério até o final do expediente.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente, eu excluí o 1010, porque o 1010 vai originar discussão.

 

O SR. PRESIDENTE: Há dois Requerimentos na Mesa, portanto, um de autoria do Ver. Flávio Coulon, que segue a numeração lida e apregoada pelo Ver. Flávio Coulon e outro de origem do Ver. Nei Lima.

 

O SR. NEI LIMA: Sr. Presidente, se vai causar polêmica, discussões, eu retiro a minha proposição. Estou interessado em votar hoje o Projeto do Magistério.

 

O SR. PRESIDENTE: Persiste, então, um único Requerimento que a Mesa coloca em votação. Chama a atenção dos Srs. Vereadores para a aprovação da dita alteração. É necessária a votação do Plenário. Os Srs. Vereadores que concordam com o requerido permaneçam sentados. Os contrários que se manifestem expressamente. APROVADO, contra o voto do Ver. Nei Lima.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 0902/88 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 19/88, do Vereador Rafael Santos, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Kleber Lima de Castro.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator, Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;

- da CEC. Relatora, Verª Bernadete Vidal: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PR nº 19/88 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. 0704/88 – PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO Nº 10/88, que estabelece Convênio que, entre si, fazem o Município de Porto Alegre e a Obra Social Santa Luiza.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator, Ver. Cleom Guatimozim: pela tramitação;

- da CFO. Relator, Ver. Raul Casa: pela aprovação;

- da CUTHAB. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;

- da CEC. Relator, Ver. Mano José: pela aprovação;

- da COSMAM. Relator, Ver. Nilton Comin, pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PA nº 10/88 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. 0703/88 – PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO Nº 09/88, que prevê Convênio que, entre si, fazem o Município de Porto Alegre e a Fundação de Atendimento de Deficiência Múltipla – FADEM.

 

Pareceres:

- da CJR. Relator, Ver. Ignácio Neis: pela aprovação;

- da CFO. Relator, Ver. Jorge Goularte: pela aprovação;

- da CUTHAB. Relator, Ver. Elói Guimarães: pela aprovação;

- da CEC. Relator, Verª Bernadete Vidal: pela aprovação;

- da COSMAM. Relator, Ver. Hermes Dutra: pela aprovação.

 

 O SR. PRESIDENTE: Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o PA nº 09/88 permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

PROC. 1010/88 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 28/88, que estabelece o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal: dispõe sobre o respectivo Plano de Pagamento e dá outras providências. Com Emendas e Mensagem Retificativa.

 

Pareceres:

I - da Comissão de Justiça e Redação. Relator, Ver. Flávio Coulon:

- pela aprovação do Projeto;

- pela aprovação das Emendas 02, 06, 07, 11, 13, 23 e 24;

- pela rejeição das Emendas 03, 04, 05, 08, 09, 10 e 12;

 

Observações:

- A Emenda nº 01 ficou prejudicada em face de o autor tê-la substituído pela de nº 12;

- A Emenda nº 22 depende do que se delibere acerca da Emenda nº 12;

- As Emendas nos 14 e 21 são da própria Comissão, que deixa, portanto, de manifestar-se.

 

II - da Comissão de Finanças e Orçamento. Relator, Ver. Ennio Terra:

- pela aprovação do Projeto;

- pela aprovação das Emendas 02, 03, 04, 06, 07, 09, 10, 12 e 13;

- pela rejeição das Emendas 01, 05, 08 e 11;

- Emendas 14 a 24: sem parecer.

 

III - da Comissão de Educação e Cultura. Relatora, Verª Gladis Mantelli:

- pela aprovação do Projeto;

- pela aprovação das Emendas 02, 03, 05, 06, 07, 09, 10, 11 e 12;

- pela rejeição das Emendas 01, 04, 08 e 13.

- Emendas 14 a 21 e 24: sem parecer.

 

Observação:

- As Emendas 22 e 23 são da própria Comissão.

 

IV - da Comissão de Urbanização, Transportes e Habitação. Relator, Ver. Elói Guimarães:

- pela aprovação do Projeto;

- pela aprovação das Emendas 03, 06, 07, 11 e 12;

- pela rejeição das Emendas 01, 02, 04, 05, 08, 09 e 10;

- Emendas 13 a 24: sem parecer.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa abrirá o processo de inscrição para discussão do PLE nº 28/88.

 

O SR. HERMES DUTRA: Para um Requerimento, Sr. Presidente. (Assentimento da Presidência.) Sr. Presidente, como recebi solicitação por escrito, da Associação dos Professores Municipais de Porto Alegre, eu peço a retirada da Emenda 01.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa recebe o Requerimento do Autor e coloca em votação a retirada da Emenda nº 01.

 

O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente, quero dizer que concordo com a votação neste momento, mas quero dizer que estranho o procedimento da Mesa. Há quatro dias atrás eu tive que encaminhar um Recurso à Comissão de Justiça, porque a Mesa deliberou ao contrário, mas tudo bem, eu aceito e fico feliz em ver que a Mesa aceitou a tese deste Vereador. Sou grato a V. Exa.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa, Sr. Vereador, tendo em vista a complexidade da matéria, terá hoje todo o cuidado e sabe que V. Exa. peticionou que assim fosse procedido, argüiu para V. Exa. que deveria ser dado o tratamento nos termos que V. Exa. requereu.

Em votação o Requerimento para a retirada da Emenda nº 01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

A Mesa abre as inscrições e pede aos Srs. Vereadores que as façam com o 2º Secretário.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: O primeiro orador inscrito é o Ver. Elói Guimarães.

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Elói Guimarães.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhoras e senhores professores, este Plano consubstancia a política do Município no que respeita à educação da Cidade, do Município, e investe no seu componente mais significativo e vital, que é o professor. Diríamos tratar-se de um Plano que não é o ideal, evidentemente, mas é um Plano que ameniza, ajuda as condições humanas da educação no Município de Porto Alegre, ao lado de uma política que se desenvolve de investimentos nos equipamentos urbanos, nos equipamentos escolares, que são as nossas escolas e os nossos CIEM’s. Esta matéria recebeu 24 emendas e é nesse sentido a maior preocupação que nos traz à tribuna, exatamente de se ter cuidado na hora da votação das emendas. Na qualidade de relator da Comissão de Transporte, Obras e Urbanismo, relatamos, examinamos até a Emenda nº 12. Daí para a frente, começaram a surgir emendas e entendeu o Presidente da Comissão de Transporte, Ver. Nei Lima, de devolvê-las aos seus respectivos autores. Então, nós temos uma série de emendas, emendas formais, emendas de fundo redacional, que podem ser acolhidas, mas temos uma série de emendas, que eu chamaria de substantivas, que não podem ser acolhidas, e se o forem, comprometerão o referido Plano e referido Projeto. Portanto, há uma preocupação de cuidado e não há preocupação de pressa de nossa parte. É preferível que nós aqui fiquemos mais tempo, mas cheguemos a uma decisão que não seja suscetível de algum veto, e que venha a comprometer o presente Projeto. Há emendas formais, emendas de fundo redacional, substituição, inclusive, de expressões, que são perfeitamente assimiláveis, não vão comprometer de forma alguma o Plano, ou melhoram, do ponto de vista redacional. Mas há emendas substanciais que o comprometem. Então, neste sentido, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a nossa colocação para os cuidados, por se tratar de matéria que é votada secretamente. Há necessidade de que se examine, se discuta e se defina claramente, emenda por emenda. Eu iniciarei esta análise e, evidentemente, se necessário, voltaremos à tribuna para análise. No que respeita à Emenda nº 1, já retirada pelo Autor, ela estabelecia que a vigência do Plano e os seus desdobramentos, mormente salariais, deveriam dar-se a partir de 1º de maio. O mesmo Autor entrou também com a Emenda nº 12, com vigência a partir de 1º de junho. Ele retirou a Emenda nº 1, nós apenas estamos relatando. Já tínhamos examinado as duas emendas e optamos, dentro das possibilidades do Executivo, pela Emenda nº 12, que estabelece o pagamento a partir de 1º de junho. Nós vamos votar a Emenda nº 12, que estabelece o pagamento dos salários a partir de 1º de junho. Rejeitamos a Emenda nº 1, que estabelecia 1º de maio.

 

O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Este “nós” é o Vereador, ou é a Bancada?

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Eu tenho por hábito falar no plural. Este “eu” é muito autoritário, nós já passamos do período autoritário, “nós” é muito mais retórico, é mais sonoro; a Emenda nº 2, que altera no Plano o art. 59, vejam bem, diz assim: “Ficam assegurados aos professores especialistas em educação, em exercício, na Secretaria Municipal da Cultura, enquanto não forem criados e providos cargos em atividade cultural e afins à educação, os mesmos direitos e vantagens que estão sendo estabelecidos ao Magistério Público Municipal neste Plano de Carreira”. Significa dizer que o Plano estenderia à Secretaria de Cultura, é justo? É justo sim, pois não se trata de justiça, ou não justiça; quando se faz um Plano, não se trata apenas de uma folha de papel onde se escreve; esse Plano escreve, se fundamenta numa realidade e, basicamente, nas possibilidades, sejam elas de ordem legal, na visão ideológica que se deu ao Plano, ou nas questões de ordem financeira; nós rejeitamos esta Emenda, nós propomos a rejeição da Emenda nº 2 por entendermos, primeiro, que foi dada a possibilidade de opção, ademais, entendemos que se estaria, até certo ponto, em acolhendo esta Emenda, permitindo-se que o Plano, até certo ponto, acolhesse o desvio de função, e aí ele estaria totalmente comprometido, embora entendamos que também da área da cultura - nem poderia ser diferente - se faz a educação, mas não a educação na concepção ideológica do Plano, que é a educação na sala de aula, a educação como um fim da própria educação. Entendemos de rejeitar esta Emenda porque, vejam V. Exas., se de repente aprovamos esta Emenda na pressa, pode acontecer de o Prefeito vetar e aí, como fica o Plano?

 

O Sr. Hermes Dutra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. incorreu num erro, o que não é o seu costume. No caso de veto à Emenda nº 2, não prejudicará o Plano. V. Exa. tem de fazer a correção; o que não vai viger é a parte vetada, o que não foi vetado vige imediatamente. Apelo a sua consciência, pois V. Exa. sabe que é verdade. Acredito que V. Exa. incorreu num erro ao afirmar isso. O veto prejudicará a pretensão dos professores.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Estou encaminhando a matéria segundo meu entendimento e na conformidade da filosofia estabelecida pelo Prefeito Municipal. Somos o Partido do Governo na Casa e como tal entendemos que comprometeríamos a filosofia do Plano. Estou falando na tribuna como Partido de sustentação ao Governo Municipal, interpretando a filosofia do Governo Municipal. Entendemos que, em acolhendo a presente Emenda, o Plano, do ponto de vista ideológico, se presta a desvio de função, embora entendamos justo. Estamos encaminhando, V. Exa. entende pelo acolhimento da Emenda, eu entendo pela rejeição da Emenda.

 

O Sr. Hermes Dutra: Tanto V. Exa. quanto eu podemos ter divergências, mas a verdade não pode ter divergências. O que reputei não foi sua interpretação, mas apenas a informação de que se o Prefeito vetar, porque deturpa o Plano, o veto prejudicará o Plano, o que não acontecerá, ele vigerá imediatamente.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou grato.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Frederico Barbosa): Próximo orador inscrito, Ver. Mano José.

 

O SR. MANO JOSÉ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, senhores professores presentes, nós não viríamos à tribuna discutir o Plano se não tivéssemos apresentado duas emendas. A Emenda nº 4 e a Emenda nº 5. A Emenda nº 4, em Sessão que tivemos aqui com os professores alguns dias atrás, nesta sala, nós até prometemos, naquela ocasião, retirar a Emenda nº 4 e hoje vamos manter a Emenda a pedido da Associação dos Professores Municipais. Vamos manter a Emenda, porque nós entendemos, particularmente, como justa, e não entendemos agora que vem o Plano, mas entendíamos na ocasião em que éramos Secretário e tentamos instituir os 15% aos professores alfabetizadores. Vamos manter a Emenda a pedido da Associação dos Professores Municipais. E a Emenda nº 5 é uma emenda que dá direito aos funcionários das Autarquias, no caso de recrutamento preferencial dentre os funcionários municipais, também aos funcionários das Autarquias serem considerados como tais, como funcionários municipais. Não atinge nada o professorado hoje, não vai atingir os professores que estão na SMEC hoje, mas vai ao encontro de alguns professores de Autarquias que têm então a titulação, mas estão ainda como funcionários de Autarquias, apenas isso. Em nada atingirá o Plano.

Quero dizer ao Ver. Hermes Dutra que a Emenda nº 2, de sua autoria e que há pouco se discutia aqui quanto à filosofia do Plano, ela em nada, no nosso entendimento, vai alterar a filosofia do Plano, porque diz uma expressão aqui o seguinte: “... enquanto não forem criados e providos cargos em atividades culturais”, ou seja, enquanto não for criado o Quadro de Cargos da Secretaria Municipal de Cultura, porque nós entendemos que no momento, hoje, em que tirarmos os professores da Secretaria de Cultura, a Secretaria de Cultura terá que fechar as suas portas, se não definitivamente ou enquanto se faz o Quadro, pelo menos para balanço. Não haverá nenhuma atividade cultural nesta Cidade, evidentemente, por parte daqueles professores que lá estão e que devem ter os seus direitos assegurados enquanto não forem criados e providos os cargos da Secretaria de Cultura. Esta a nossa posição. Somos totalmente, como sempre estivemos, favoráveis ao Plano de Carreira do Magistério. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cleom Guatimozim se inscreve e é o próximo orador. A Mesa gostaria de ratificar a solicitação feita pelo Presidente Brochado da Rocha, no início da abertura da discussão deste Projeto, solicitando aos Srs. Vereadores, pedindo que façam as inscrições prévias, sob a pena da Mesa ser obrigada, por força do Regimento Interno, encerrando um orador, encerrar o período de discussões, para que se possa fazer uma previsão do número de Vereadores inscritos.

Ver. Elói Guimarães, V. Exa. tem, no tempo do Ver. Cleom Guatimozim, mais dez minutos a sua disposição.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a Emenda nº 3 diz: “Suprima-se a expressão ‘haja correlação com o curso de Licenciatura Plena’”. Então altera o art. 25. É uma emenda que nós entendemos, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, de acolher a Emenda nº 3, posto que ela guarda a isonomia jurídica com o Estado e a União. Então, é uma emenda que se ajusta à realidade nacional, a de nº 3. Emenda nº 4: “Acrescenta-se letra ‘c’ ao art. 40, concedendo gratificação especial aos integrantes do Magistério em classes de alunos em processo de alfabetização”. Esta Emenda nº 4, do Ver. Mano José, é aplaudida e estabelece 15%. Nós entendemos que esta Emenda, embora tenha a sua significação, gera despesa. Ela é inconstitucional e pode receber o veto do Sr. Prefeito Municipal. Então, nós entendemos de, no nosso Parecer, não acolher a Emenda nº 4. A Emenda nº 5 altera o art. 17: “O recrutamento preferencial será efetuado dentre os funcionários estáveis da Administração Centralizada e das Autarquias municipais, que preencham os requisitos legais estabelecidos na especificação de classe”. Esta Emenda é desnecessária, pois já está consagrada na Lei 5.732. Emenda nº 6: “A regulamentação desta Lei será procedida pelo Executivo num prazo máximo de 60 dias após a sua aprovação”. Esta Emenda, nós entendemos, na análise, de acolher, posto que melhor se adapta à técnica legislativa. Esta Emenda é do Ver. Antonio Hohlfeldt e Poder, aqui, está entendido, evidentemente, como Poder Executivo.

 

O Sr. Mano José: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Elói, eu só queria lembrar a V. Exa. que o art. 17 do Plano diz, textualmente, que o recrutamento preferencial será realizado dentre os funcionários da Administração Centralizada da Prefeitura, daí a necessidade que nós entendemos de colocar esta Emenda a fim de estender esse recrutamento aos funcionários das Autarquias que tenham, evidente, a habilitação necessária para aquele recrutamento.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Veja V. Exa. que a Lei 5.732 não acolhe esse entendimento e orientação. Por isso, dentro destes parâmetros, estabelecidos na própria Lei referida, entendemos de propor a rejeição da presente Emenda, a fim de que deixássemos o Plano enxuto. Esse o entendimento firmado. Então, a Emenda nº 6 é porque entendemos, visto que falava no texto da Lei que a Secretaria Municipal de Educação regulamentaria o Projeto, que o Poder Executivo melhor se ajusta à técnica legislativa. Portanto, acolhemos e sugerimos o acolhimento da Emenda nº 6.

A Emenda nº 7 é apenas de redação. Todas as disposições contidas nesta Emenda são redacionais, Ver. Antonio Hohlfeldt, não há por que não acolhê-la. Entendemos pelo acolhimento da Emenda nº 7, visto que se trata de fundo redacional. É apenas correção e nada impede.

A Emenda nº 8: “Suprima-se o artigo 19, que diz: ‘somente concorrerão à progressão funcional os integrantes do Magistério que estejam’” - vejam bem a disposição do Plano - “somente concorrerão à progressão funcional os integrantes do Magistério que estejam, efetivamente, no exercício das suas atribuições, próprias do cargo ou função gratificada, em efetiva atividade laboral”. Isso é uma disposição altamente salutar, austera e pretende se extrair. Entendemos que deva ser mantida a presente disposição, porque é valorizadora do exercício docente. Então, por que vamos retirar essa disposição? Aí nós começamos a criar problemas para o Plano. Então, o entendimento é que se deva rejeitar a Emenda de nº 8. É, aliás, uma disposição valorizadora do Plano, porque o torna, especificamente, voltado para o interesse da educação.

Emenda nº 9, essa Emenda: “Suprima-se a expressão: ‘bem como de percepção de gratificação relativa a serviço extraordinário’”. Essa disposição, inconstitucional, criaria a acumulação remuneratória e, também, compromete o Plano. Porque é bom que se entenda o que é o Plano de Carreira do Magistério. Não se faz um Plano soltando palavras ao ar, ele consulta as possibilidades, não só do ponto de vista de sua ideologia, mas consulta, também, as possibilidades financeiras do Município. Do contrário, Sr. Presidente, Srs. Vereadores seria muito fácil.

 

(O Sr. Presidente preme a campainha.)

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, eu vou arrumar tempo e continuarei examinando, porque me parece que uma falha na votação de uma Emenda poderá comprometer o Plano, e a responsabilidade é nossa.

 

O Sr. Antonio Hohlfeldt: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu discordo, Ver. Elói Guimarães, de sua interpretação, porque eu entendo que inconstitucional é pretender que um funcionário trabalhe sem receber. O tempo suplementar e o tempo complementar é muito claro, estabelece um horário, um regime de horas, 20-40 horas. E se alguém trabalhar 26 horas, as seis horas vai dar de graça para o Município? E se de 40 horas trabalhar 48 horas, as oito horas vai dar de graça para o Município? Então a Emenda tenta fazer isso, serviço extraordinário é todo e qualquer horário além daquele previsto no tempo suplementar ou complementar. Inconstitucional, portanto, é querer que os funcionários trabalhem de graça para o Município.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Mas o Plano contempla exatamente uma série de vantagens que estão incorporadas a esta pretensão.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Elói Guimarães, V. Exa. passa a falar, neste momento, com a concordância do Ver. Caio Lustosa e Ver. Flávio Coulon, no tempo do Ver. Ennio Terra. V. Exa. tem mais dez minutos.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou grato a V. Exa. Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, nós entendemos que, se mantida a disposição, há uma acumulação. E esta acumulação não deve haver, porque é um Plano. Isto aqui não é um Projeto de Lei de reposição salarial, ou coisa parecida. É toda uma estrutura jurídica que se elaborou para o Magistério. É ideal? Não, não é, mas é um avanço que nós temos que preservar.

 

O Sr. Clóvis Brum: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu estou ouvindo com atenção o discurso de V. Exa. e, agora, me surpreende a afirmação de V. Exa., que o pagamento das horas trabalhadas a mais pelo Magistério signifique acúmulo. Data vênia, discordo de V. Exa. Acho que se o funcionário público, ou até qualquer pessoa que trabalhe além do seu horário normal de trabalho, quem faz justiça é a legislação maior, que assegura a remuneração por este trabalho prestado. Eu acho que esta Emenda, que visa ao pagamento extra por serviços prestados também em horário extra, vem, perfeitamente, fazer justiça àqueles funcionários, àqueles professores convocados para duas, três, ou quatro, cinco horas além do seu contrato normal. Por isso, eu discordo de V. Exa. e acho que a aprovação desta Emenda é uma justiça que se faz àqueles que, fatalmente, trabalharão além do seu horário normal, em benefício da educação e do Município.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Lerei o art. 36, para que V. Exa. se atenha a essa disposição, que é fundamental (Lê:): “A convocação para regime suplementar ou complementar” – já se faz aqui regime complementar ou suplementar – “exclui a possibilidade de exercícios em repartições diversas daquela em que for lotado, bem como de percepção de gratificação relativa a serviços extraordinários”. Então, aí está contido todo o balizamento do Plano. Se não for assim, não sai o Plano, e ele visa, através da complementaridade e da suplementação, a atender essas verbas.

 

O Sr. Hermes Dutra: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu acho que V. Exa., no afã de defender o Projeto do Executivo, está até mesmo renegando o seu passado, que foi um passado de lutas. Veja que é complexo o assunto e não tivemos tempo suficiente para estudá-lo detalhadamente, tanto V. Exa. quanto eu. Mas plano complementar e suplementar é problema de hora/aula, 20, 30, 40 horas/aula. Dedicação Exclusiva, por exemplo, é outra questão. Então, eu até, pessoalmente, acho que, dificilmente, um professor seria chamado para trabalhar horas além daquelas que ele tem. Mas V. Exa. não pode vetar na Lei que, em ele sendo chamado a cumprir horas além das que teve que cumprir, o Município lhe ressarça. Se esta for a filosofia do Plano, coitada da filosofia, Vereador!

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Eu insisto no fato de que estamos discutindo um Plano de Carreira, não estamos discutindo, aqui, uma lei que reajusta salários, melhorias salariais. Se não tivermos esta percepção, então estamos discutindo salários, 20% mais, 30%, etc. Não é esta a questão. O Plano não é um reajuste salarial, ele estabelece mecanismos legais, estruturas jurídicas, onde se firma uma visão, uma filosofia sobre o papel do professor, por isto um Plano de Carreira. Ele estabelece balizamento e, dentre estes balizamentos, está exatamente esta questão que integra a própria filosofia do Plano. Nós não estamos aqui induzindo o Plano como lindes, não se está aqui induzindo que se façam horas extraordinárias. Evidentemente que há uma disposição constitucional de que ao trabalho a mais todo mundo tem direito, pode ser ou não colocado, só deve ser efetivamente provado. Aí, nós estamos “dislando” o Plano, deixando que ele seja vazado por uma série de coisas e nós queremos mantê-lo intacto. Por isto, nós entendemos de propor a rejeição desta Emenda, a Emenda de nº 9. Emenda nº 10: “Suprima-se a expressão ‘sem a continuidade de percepção de gratificação por aulas excedentes, ainda que incorporadas aos vencimentos’”. Esta Emenda também vem estabelecida na 5.732, Ver. Antonio Hohlfeldt. Invoco o seu nome, porque a Emenda é sua. Emenda nº 10: “Suprima-se a expressão ‘sem a continuidade de percepção de gratificação por aulas excedentes, ainda que incorporadas aos vencimentos’”; o parágrafo 1º, do artigo nº 51: “A opção de que trata este artigo, deverá ser manifestada por escrito, no prazo de 45 dias, contados a partir de vigência desta Lei, ficando sujeito às disposições impostas aos integrantes de cargos das respectivas classes”; aqui propôs a retirada da expressão “sem a continuidade de percepção de gratificação por aulas excedentes”; Emenda nº 11: “Suprima-se os artigos 59 e 60”; é a questão de competência para regulamentação nas disposições; no texto da Lei dizia que a “Secretaria Municipal de Educação regulamentará a lei”, e isso já foi discutido, é a Emenda que se propõe ao acolhimento, porque melhor se afeiçoa à técnica legislativa; a Emenda nº 12, já comentamos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Palavra com o Ver. Flávio Coulon.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Antes de entrar na discussão das emendas, especialmente a de minha autoria, gostaria de fazer algumas considerações. A Bancada do PMDB vai votar unanimemente pela aprovação. Queremos deixar bem clara a segmentação que a Administração Alceu Collares está fazendo no funcionalismo público municipal ao segmentar o atendimento das aspirações de um modo segmentado. Primeiro atende um, depois outro e depois outro. A experiência que estamos vivendo no Estado é a de que uma grande parte dos problemas que estamos vivendo estão inseridos nessa linha. Em vez de pensar no funcionalismo como um todo, pensa no funcionalismo segmentado: Pronto Socorro separado da Saúde, separado dos professores, separado da Fazenda e assim por diante. E isto do ponto de vista do funcionalismo, de um modo geral, é, a longo prazo, ruim para todos. Há um equívoco no qual incorre a parte mais intelectualizada de um todo, e mais importante, que é o funcionalismo público municipal, ao lutar por melhoria salarial de modo corporativo, até porque, dentro do quadro atual da miserabilidade a que está sendo compelida a população brasileira, quase seria exigir demais dos professores. Ocioso também deblaterar sobre o escasso tempo concedido ao Poder Legislativo para estudar responsavelmente, em todas suas dimensões e repercussões, um projeto de tal envergadura que, como se sabe, foi objeto de pressões sobre, especialmente, a pasta administrativa do Executivo Municipal. Ocioso ainda discorrer sobre as pressões sofridas pelos Vereadores, por parte tanto do Poder Executivo como dos professores municipais, que deixam no Legislador a insegurança de que, pela análise rápida de matéria tão relevante, possa estar aprovando nuances privilegiativas cuja real dimensão só será conhecida com o passar do tempo.

Ocioso, finalmente, manifestar que aos Vereadores é deferido legislar sobre números cuja real grandeza e correlação não podem avaliar, já que na Exposição de Motivos do Projeto eles não são sequer justificados. Por exemplo: qual a repercussão deste Plano no orçamento da SMED e da PMPA? Como é justificada a garantia assegurada ao professor de Ensino Médio de perceber vencimento básico igual a 88% do valor atribuído aos professores e especialistas M4?

São questões que ficaram sem resposta. Isso não impede de nós votarmos a favor deste Projeto.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu me espanto com a preocupação de V. Exa. com a repercussão financeira. Isso é um problema dos cofres do Município e se o Prefeito mandou o Plano, elaborado, discutido, dos professores, é porque ele tem capacidade de pagar. O Executivo tem capacidade de pagar o Plano ou V. Exa. acha que o Executivo não tem essa capacidade? Só posso assim entender, nobre Vereador.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Eu não me espanto de V. Exa. se espantar, porque é próprio da Bancada de V. Exa. ter este tipo de raciocínio. Agora nós somos Vereadores de Porto Alegre, nós temos que saber as coisas. O Executivo tem obrigação de informar o que nós precisamos saber. O Executivo tem obrigação. Claro que V. Exa. se espanta porque dentro da filosofia e da ideologia de seu Governo, a Câmara Municipal não precisaria nem existir, Vereador. É ocioso, Vereador.

 

O Sr. Elói Guimarães: Se for como esta, V. Exa. não vai se espantar.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Mas eu quero saber, Vereador. É que V. Exa. está pensando só neste Projeto e fazendo uma bela demagogia porque as professoras não estão aqui todo o dia nesta Casa, elas não sabem que nós votamos Plano Especial para o Hospital de Pronto Socorro, Plano Especial para a Fazenda e que nós vamos votar este Plano e não temos o controle, não estamos sabendo o que vai vir aí, Vereador.

 

O Sr. Elói Guimarães: Só espero que no epílogo do discurso de V. Exa. não declare que, se aprovado o Plano, o Prefeito não vai pagar. Só espero isto. Não assuste as professoras.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Não. Acho que paga e deveria pagar mais, Vereador.

 

O Sr. Elói Guimarães: Mas V. Exa. está preocupado com a repercussão.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Mas eu tenho o direito de querer saber. Sou Vereador de Porto Alegre. Tenho o direito, ou não tenho o direito de saber a repercussão financeira de todos os projetos que vêm para cá? Me explique isso.

 

O Sr. Elói Guimarães: O direito de V. Exa. não pode incorrer nesta preocupação; se o Prefeito Municipal manda um Plano, e nós dissemos que é um Plano bom, mas não era um Plano ideal, ele faz calcado na possibilidade do seu erário.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Não estou discutindo isto, Vereador.

 

O Sr. Elói Guimarães: Tecnicamente é isto. Então, V. Exa. está fazendo retórica.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Estou discutindo que os projetos que vem para cá tem que vir melhor informados.

 

O Sr. Werner Becker: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. tem que entender o Ver. Elói Guimarães e a filosofia do PDT. Eles entendem que o erário público municipal é cosa nostra, é do PDT. Então, não precisa dar satisfação para ninguém. V. Exa. ou eu somos meros curiosos dando palpites no que não se é chamado. Agora, tem que respeitar. É uma forma de comportamento.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Bem, já imagino o que V. Exa. está querendo... Gostaria de me reportar às emendas e, de modo especial, às emendas que foram apresentadas por este Vereador. Eu gostaria também, neste momento, de agradecer à Dra. Marion pela colaboração recebida, aqui da Casa, do Dr. Enno Dias de Castro, na análise deste Projeto; da Dra. Heloísa, da SEC, que achou este Plano de Carreira muito bom; a Assessoria Jurídica da Secretaria de Educação e Cultura cumprimentou o Governo Municipal, porque achou muito bom este Plano de Carreira Municipal – muito melhor que o Estadual, diga-se de passagem - e quero agradecer também à Professora Antonieta que, igualmente, foi incansável. Todas as dúvidas que tive, ela se colocou sempre à disposição para trazer as explicações. A respeito da Emenda nº 14, do art. 8, no seu parágrafo 2º, da redação original, cria a figura da designação. Acho que é uma preocupação muito grande dos professores, e tendo em vista, inclusive, a malfadada experiência do QPE, é muito justa essa preocupação, mas...

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, como o tempo de V. Exa. está esgotado, o Ver. Caio Lustosa cede seu tempo a V. Exa., que terá mais dez minutos para concluir.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Como Relator da Comissão de Justiça, tenho que me ater à parte legal e esse parágrafo 2º, no momento, é absolutamente ilegal, não existe a figura da designação até hoje no estatuto do funcionário; os direitos adquiridos de que fala aqui, “respeitados os direitos adquiridos”, é um leque que não está especificado, e “podendo ser alterada, segundo critérios a serem regulamentados”, também é um cheque em branco que, como membro da Comissão de Justiça, eu não poderia aceitar, não aceitei e sugeri a supressão desse parágrafo 2º devido a sua ilegalidade. A Emenda nº 16, que apresentei, também visa a proteger o erário público, que é uma possibilidade que foi aberta de ser, para ascensão aos padrões M-3 e M-4, aceito o diploma de licenciatura curta ou plena apenas com o protocolo da Delegacia, abrindo a possibilidade de, depois de ter sido promovido, retornar, porque eventualmente não foi aceito o registro. Como essa figura do retorno não existe, porque cria um direito adquirido, não pode mais baixar, acho que isso é contra o interesse público e propus a retirada. “Suprima-se o parágrafo 3º, do art. 39”. Esse art. 39 é aquele que conta a licença-prêmio em dobro. Isso já foi um avanço conseguido pelo Magistério contra o que determina o Estatuto do Funcionário Público, que determina licença-prêmio contada em dobro para efeito de disponibilidade, aposentadoria, adicionais e vantagens. Os professores ainda conseguiram este, que entendo ilegal, mas que foi legalizado pelo Estatuto do Magistério. Agora, entendendo que, como também a esse avanço foi conseguido um outro avanço na tabela idade e exercício efetivo, onde o regime de 30 e 40 horas diminuía de 3 a 4 horas, respectivamente, para o tempo de exercício de 20 e 25, os professores conseguiram desdobrar as 30 e 40, que estavam juntas, em duas separadas, além de aumentarem a diminuição das horas/aula. Por isso, entendemos, até pelo ponto de vista jurídico, fazer retornar o texto antigo, já que entendemos que o avanço foi conseguido.

A Emenda nº 18 é polêmica. Já devo antecipar que, se tivesse dado parecer, na Comissão de Justiça, teria acontecido um fato sui generis: apresentar uma emenda e propor que ela fosse rejeitada, por vício de origem. Mas, é uma questão de mérito que trago aqui, até porque vai permitir que o Prefeito vete. Trata-se do aumento de idade para concurso ao Magistério. O Estatuto fixa em 40, o Estado em 45 e a Universidade em 50 anos. Tendo em vista que o último edital de concurso, onde a procura de professores, aqui, na Câmara, por parte de professores com quarenta anos e meio, quarenta e um e quarenta e dois anos, que foram barrados de fazer o concurso, fazendo estudo da Constituição Federal e da Constituição Estadual, que nada diz sobre o assunto, levando em conta que o Estado, através do Estatuto do Magistério, fixa em 45 anos, levando em conta que a Universidade fixa em 50, levando em conta que o ensino de 1° e 2° Grau é de uma certa maneira mais desgastante que o Ensino Superior, resolvi submeter à apreciação da Casa, com o poder de veto do Sr. Prefeito, o aumento de 40 para 45, atendendo quase uma centena de pedidos que chegou ao meu gabinete.

A Emenda nº 19, do art. 52, diz que “o professor pode optar, desde que haja concordância do titular da repartição, contra o interesse e conveniência do serviço”. Ora, entendi que, se o professor está há tanto tempo trabalhando, não compete a uma autoridade, ou seja, o titular da repartição, dizer da conveniência ou não dele continuar trabalhando onde ele já estava trabalhando. Acho que é uma discriminação e a minha idéia foi retirar, não deixar ao arbítrio da vontade do titular da repartição esse assunto.

A Emenda nº 20. Eram, basicamente, alguns enganos de datilografia e alguns enganos no cálculo da tabela.

Devo chamar a atenção que também fiz, baseado nas informações da Profª Antonieta, que é a informação que considero oficial, uma modificação na tabela: onde diz 11 é 15%, a tabela 4. Não se trata, e alguém poderá alegar que é vício de origem, é um engano de datilografia.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Estou acompanhando V. Exa. e fique claro, Ver. Flávio Coulon, que a nossa discussão é no sentido de tomar cautela para evitar que uma emenda possa prejudicar. Este é o sentido da discussão. A Emenda de V. Exa. corrige, até sugeri que há necessidade de se colocar uma Subemenda nessa Emenda, para se manter essa observação. Veja bem: “Não computado o reajuste de 30% a contar a 1º de maio”. Esse é um dado fundamental, porque alguém da Justiça poderia levantar, se assim não se fizer, e derrubar.

 

O SR. FLÁVIO COULON: Concordo com V. Exa. Finalmente, na Emenda nº 15, artigo 24, nada tem a ver com o Estatuto do Magistério, podendo ter ficado apenas na Exposição de Motivos, é uma ideologia de ensino. Quer dizer, habilitações, profissionalismo, capacidade de empatia, sociologia e assim por diante, não tem nada a ver com um artigo ideológico pragmático. Porque, talvez, o outro Governo que venha a assumir, tenha uma ideologia diferente, que deve constar no Estatuto do Magistério.

Para encerrar, Sr. Presidente, todas as informações que nós gostaríamos de ter a respeito desse Projeto - a Bancada do PMDB e as pessoas que acompanharam a tramitação desse Projeto aqui na Casa -, apesar de não ter todas as informações, nós agilizamos o andamento deste Projeto e estudamos profundamente este Projeto. As dúvidas levantadas pelo Ver. Elói Guimarães a respeito de dados de repercussão e Orçamento em nenhum momento afetaram a tramitação deste Projeto dentro da Casa. Esta discussão poderá ser feita no futuro, ou seja, se o Poder Legislativo, dentro de um Governo democrático, tem ou não tem direito de exigir todas as informações que ele precisa. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Com a palavra, o Ver. Valdir Fraga, para discutir o Projeto.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu cheguei à conclusão que o Estado está na situação que está, quando, hoje, ouvindo o Líder da Bancada do PMDB, ele preocupava-se com o Plano de Carreira dos Professores, que está sendo votado e discutido por esta Casa. Ele gostaria que houvesse um Plano de Carreira que abrangesse todas as classes da Prefeitura Municipal. Isto seria o ideal, todos nós gostaríamos, mas aí não teríamos dinheiro para pagar, com atrasos de dois, três, quatro meses de salário para os funcionários da Prefeitura Municipal. Um socorro, uma gratificação, já regulariza uma situação, que não é a ideal, como dissemos aqui, porque o ideal seria um Plano de Carreira. Agora, não sabe o Líder do PMDB que as professoras que estão aqui, a maioria, estão nesta luta há muito tempo. Assumi como Vereador em 1977 e assumi a Comissão de Educação da Câmara Municipal. Na época, não entendia nada, agora, já entendo um pouco mais. Mas, hoje, com satisfação estou vendo algumas professoras – não vou dar os nomes, porque posso cometer uma injustiça com outras que eu posso esquecer – que estão aqui, naquela luta de gabinete em gabinete, conversando com o Secretário de Administração, com os vários Prefeitos anteriores, mas não se conseguia um Plano de Carreira. Algumas estão sacudindo a cabeça dizendo que estavam juntas com a gente, não só comigo, mas com todos os Vereadores. Então, quando se dá o sinal verde, que ainda não é o ideal, mas é bom, eu faço uma comparação com o PMDB no Governo do Estado. Hoje, o nosso piso Municipal é onze, o do Estado é nove. O nosso vai para vinte e sete, o do Estado, treze. Por que o Ver. Flávio Coulon e os outros companheiros – estou colocando assim, mas eu respeito muito os Vereadores do PMDB e dos outros Partidos – não pegam nessa bandeira e lutam com o Governador Pedro Simon para tirar o Secretário de Educação do Estado e colocar lá uma pessoa que entenda, que seja professor também? (Palmas.) Talvez ele seja, eu não sei, mas que então seja sensível com a sua classe, aproveitando a oportunidade para oferecer aos seus colegas alguma coisa de bom, assim como a Secretária de Educação do Governo Municipal, a Srª Neuza Canabarro, do Governo Alceu Collares. Olhem bem esta diferença: vinte e sete para treze. O que está ocorrendo? Há um concurso municipal e 90% dos inscritos são professores do Estado: não são aqueles professores de 18, 19, 20 anos, há professores de 40, 50, 60 anos, querendo uma oportunidade. Até discutiram porque, infelizmente, não se aceitam inscrições de pessoas com mais de 44 ou 45 anos, não lembro ao certo. Vejam bem a situação dos professores. Claro que vai ser uma discriminação. Nós queremos isto? Não queremos. Mas, nós, do Governo Municipal, agora Governo Alceu Collares, do PDT, no momento em que tivemos oportunidade, estamos dando. É dever? Claro que é. Como Vereador, algumas coisas eu estou recuperando, da minha vontade: um bom salário para os professores, não é para palmas e nem para fazer média e sim para que eles se incentivem, cada vez mais, superem as suas dificuldades que, muitas vezes, são piores que as dos próprios alunos carentes que ali estão na sua sala de aula; e também para a nossa segurança. Não sou da polícia, não faço votos no meio policial, nem na Brigada Militar, mas, no momento em que tivermos um bom salário e para aqueles que nos dão a segurança, nós teremos mais tranqüilidade. Temos aqui vários Vereadores que são da Secretaria da Segurança do Estado, da Brigada, da Polícia Civil. Eles também vêm lutando há muito tempo. Este também é o meu desejo. Nós temos as próprias escolas, os CIEM, como é que vamos ter CIEM maravilhosos, como temos, se os professores ganham mal, sem condições de conversar e exigir dos alunos, com classes quebradas, janelas, sem iluminação, ou lecionando nos barracos, como ainda está acontecendo? E aí, onde é que está a vergonha de alguns governantes, de alguns políticos? Falta muito para nós do Executivo Municipal. Estamos fazendo força para chegar lá. Agora, a conclusão a que se chega é que os funcionários do Pronto Socorro têm que ganhar bem, para terem condições de agarrar aquelas pessoas ensangüentadas, não interessando o setor em que ele trabalha, e desejar tentar resolver o problema. Com os professores a mesma coisa, os professores não podem chegar na sala de aula com problemas maiores do que os próprios alunos. Eu coloquei aqui que o Collares é um grande Prefeito e ninguém pode negar. Está num projeto que se chama PDT. Não é um artigo deste projeto, mas serve de exemplo para aqueles que estão preocupados com este artigo e até para que o coloquem dentro dos planos de governo de suas áreas. Hoje, o Governo do Estado, amanhã, talvez, o Municipal. Nós temos que aprender uns com os outros. Quando tivermos oportunidade de fazer alguma coisa que não venha a prejudicar outras classes, ou outros funcionários, nós vamos fazer. O nosso objetivo é chegar a um Plano de Carreira que atinja a todos os funcionários municipais, mas não temos condições financeiras. V. Exa., que eu respeito muito, se procurei citar o nome é para que a gente possa discutir e possa achar um caminho para ajudar o próprio Governo do Estado. Eu acho que a gente tem que tirar o Secretário de Educação do Estado. No momento em que a gente interdita a escola; ele vem com QPE. É o fim. Há escolas que não têm professores até hoje; agora, com relação à Bancada do PMDB, não estou aqui para ensinar ninguém, estou, apenas, querendo me somar. Já disse e repito que o Governador é um homem inteligente, capaz, que lutou para chegar onde está, e que levantou o Partido, já estive ao lado dele no tempo do MDB, e me honrava estar ao seu lado, como me honra ser amigo dele, mas vejo que ele tem inimigos na trincheira, que estas pessoas estão levando o Governador do Estado a entrar chão adentro, nem vamos falar em Governo Federal, porque não é hora. Mas tenho aqui uma emenda que foi oferecida pela própria supervisão da educação da SMED, e também pela Comissão de Plano de Carreira, esta emenda está assinada, não é emenda do Valdir Fraga, nem emenda de Liderança, é a Emenda nº 3 e diz o seguinte: “suprima-se a expressão ‘haja correlação com o curso de licenciatura plena do art. 25’”, tem que suprimir para não prejudicar inúmeros professores, que não ganharão incentivo, porque já concluíram o curso de especialização; é um pedido da coordenadoria, e solicito, tendo em vista o pedido, até da própria comissão, que trabalhou mais de um ano, ela não é uma comissão eleitoreira, não é uma comissão do PDT, ali têm professores de todos os partidos, e que vieram conversar com cada um de nós.

 

O SR. PRESIDENTE: Pediria que V. Exa. encerrasse, pois ainda temos uma longa lista de inscritos para falar.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Gostaria de dar um aparte ao Ver. Flávio Coulon.

 

O SR. PRESIDENTE: Não gostaria de ser intransigente, mas o tempo de V. Exa. já terminou; com a permissão dos demais Vereadores inscritos, se inscreve o Ver. João Satte, que cede seu tempo a V. Exa.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Dou o aparte ao Ver. Coulon.

 

O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Valdir, a respeito da parte inicial do seu pronunciamento, onde V. Exa. dava uma idéia de que seríamos contrários ao Plano de Carreira do Magistério, quero dizer o que está escrito no meu Parecer, que talvez V. Exa. não tenha lido. (Lê.) “O Plano de Carreira do Magistério Público Municipal é altamente meritório e sem dúvida consagra, pelo menos em termos de uma classe de servidores municipais, a Administração Municipal, de um modo especial a Secretaria Municipal de Educação”. Estou dizendo que este Plano consagra, em termos de educação, a Secretaria Municipal de Educação. Um elogio maior que este não poderia ter, inclusive porque através de um processo democrático permitiu que houvesse quase que um consenso em termos de uma redação final que contemplasse os maiores anseios dos professores. Estou elogiando a Administração e dizendo que é meritório, e a Bancada do PMDB avisou desde o primeiro momento que iria votar maciçamente a favor. Não economiza elogios ao seu Governo. Discordo de V. Exa. em relação à Emenda 3. Esta Emenda não aperfeiçoa o Projeto. Acho que no Projeto, com a redação inicial feita pelos professores, em consenso, há uma certa moralidade ao exigir que haja correlação. Na hora em que retirarmos essa correlação estaremos permitindo algumas coisas que, dentro do espírito do Projeto ... pois o problema dessas Emendas é que acabam fugindo do espírito do Projeto e essa retirada do “e”, de que haja correlação com o Curso de Licenciatura Plena, me parece que prejudica fundamentalmente o Projeto.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Continuam tendo a oportunidade as pessoas que estavam incluídas no Projeto, só que dá oportunidade para quem já concluiu o Curso de Especialização. Quer dizer, a pessoa vai sofrer uma pena porque já concluiu o curso.

 

O Sr. Flávio Coulon: A Emenda não diz: “para quem concluiu”. Abre para todo mundo daqui para a frente.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Eu vou conversar com V. Exa. para que ganhemos tempo, eu não disse que V. Exa. era contra o Plano de Carreira do Magistério. V. Exa. está exigindo, e com uma certa razão, que o Plano de Carreira atingisse todas as áreas. Eu quis explicar a V. Exa. que nós, aos poucos, vamos tentar chegar lá, porque não podemos chegar de uma vez só e não podemos não fazer nada por nenhuma classe. E o que está acontecendo com o PMDB é isso, eu acho, é o desejo de fazer um grande plano de carreira para os funcionários do Estado e aí não encontra respaldo financeiro e não faz por nenhuma classe. Então, o que o Município está fazendo através do nosso Líder, Prefeito Alceu Collares? É tentando fazer alguns planos ou algumas ratificações para algumas classes que têm, para nós, para o Governo Alceu Collares, uma prioridade maior. Todos têm o direito, mais o pessoal do Pronto Socorro.

 

O Sr. Flávio Coulon: Eu não estou querendo que faça um Plano para todo mundo. O que estou querendo é conscientizar os diversos segmentos que vêm aqui nesta Casa, hoje são os professores, de que está havendo uma manobra e eles têm que estar conscientes disso.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Eles estão conscientes da manobra, porque nesta manobra eles estão há mais de um ano com uma comissão constituída de professores, conversando, discutindo com o corpo técnico da Secretaria de Educação. Não é uma manobra de dois ou três meses antes de uma eleição. Coincidentemente, está vindo, porque também poderia haver uma prorrogação de mandato, estaríamos votando hoje também.

 

O Sr. Flávio Coulon: Vereador, o que é preciso é justamente aproveitar todos os momentos para levantar velhas questões, porque no futuro, quando o funcionalismo quiser avançar uma série de segmentos desse funcionalismo, não vai avançar junto, porque já tiveram suas reivindicações parcialmente atendidas. Em termos globais, não é esta a melhor política no meu modo de ver.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Para o avanço global continuam essas lutas, porque dentro do HPS tem ali funcionários que fazem parte da Associação dos Funcionários Municipais, dentro do corpo de coordenação dos professores municipais tem ali lideranças que fazem parte da AMPA. A luta continua.

 

O SR. PRESIDENTE: Nobre Vereador, peço licença a V. Exa. para convidar a Secretária Neuza Canabarro para que venha até a Mesa tomar assento. Está descontado o seu tempo. Três segundos.

 

O Sr. Wilton Araújo: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Gostaria que meu tempo ficasse lá nos cinco minutos.

 

O SR. PRESIDENTE: O microfone de V. Exa. está aberto, Vereador.

 

O Sr. Wilton Araújo: Sim, está aberto, eu peço um aparte.

 

O SR. PRESIDENTE: Sim, mas o aparte quem tem de dar é o orador da tribuna, não é a Mesa.

 

O Sr. Wilton Araújo: Em respeito à Mesa e à Secretária Neuza Canabarro, havíamos feito esta pausa de alguns segundos. E solicito que seja descontado o tempo do orador.

 

O SR. PRESIDENTE: Não, a Mesa não vai descontar tempo a não ser 20 segundos que foram utilizados para a entrada da Secretária Neuza Canabarro. Só isto. Nada mais.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Ver. Luiz Braz, nós não vamos discutir por tempo. Acho que isso aí, um minuto a mais, um minuto a menos, não vamos ficar aqui discutindo isto, não é? Parei nos seis minutos. Está ali. Vou começar a falar agora.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa não vai descontar seu tempo Vereador.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Quem sabe eu saio agora, V. Exa. ganha os quatro minutos para dar a quem quiser.

 

O SR. PRESIDENTE: É problema de V. Exa. Não é problema da Mesa.

 

O SR. VALDIR FRAGA: É lamentável que V. Exa. esteja presidindo. Mas faço a minha saudação à Secretária de Educação, Neuza Canabarro, que já tinha feito na sua ausência e agora o faço pessoalmente, cumprimentando a S. Exa. pela sensibilidade como professora de discutir com a Coordenação de Professores, há um ano atrás, e hoje nós chegarmos à oportunidade da Câmara votar este Projeto. O Projeto que tem uma diferença entre o Estado e o Município; o piso do Estado hoje é 13 e o nosso vai para 27. E roguei que os companheiros do Governo do Estado, hoje, possam fazer a mesma coisa com o Governo do Estado, para que não haja o que está havendo. No concurso nós vamos receber com muito prazer os professores do Estado que já estão correndo em busca de uma oportunidade, através de um concurso, pelo Governo Municipal. Nossos cumprimentos. Nós estamos felizes. E eu dizia há pouco tempo que o Prefeito Alceu Collares é um grande Prefeito, e ninguém pode negar, não é? Principalmente o PMDB. Ver. Wilton Araújo, cedo o aparte a V. Exa., com muito prazer.

 

O Sr. Wilton Araújo: Obrigado, Ver. Valdir Fraga, e gostaria de dizer e lamento até o afastamento do Ver. Flávio Coulon, retomando a discussão, porque ele julgando, e talvez, sem conhecimento da garra, da consciência do movimento dos professores no Estado e em Porto Alegre, vem dizer e até cortar o pronunciamento de V. Exa. no argumento seguinte: que os professores agora recebendo alguma coisa não vão se engajar em lutas maiores do funcionalismo. Ora, que absurdo! O nível de consciência dos professores e o nível de consciência dos médicos e funcionários do HPS não poderia ter sido colocado em tão baixo nível. Muito obrigado.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Eu tenho aqui, por escrito, aspectos a considerar: “O Plano mantém as especificações da classe do Magistério – Especialista em Educação, Professor de Ensino Médio, Professor – com descrição analítica completa diferente da Lei 5.732”. O segundo: “O Plano ocorrerá com um acréscimo de 84% na folha de pagamento”. O acréscimo de 84% era uma das preocupações de um dos Vereadores. Quanto ao vencimento do piso inicial, o acréscimo é de 94,5%.

 

(O Sr. Presidente faz sinal ao orador de que seu tempo está esgotado.)

 

Terminou? Não tenho direito a mais um minuto?

 

O SR. PRESIDENTE: Não tem, nobre Vereador. Todos os Vereadores estão recebendo o mesmo tratamento.

 

O SR. VALDIR FRAGA: Está bem. Eu agradeço o Sr. Presidente e tenho certeza de que este Plano vai ser votado por unanimidade, mas peço aos companheiros do PMDB que façam a mesma coisa com o Magistério Estadual, para que não haja discriminação, para que haja uma igualdade, para que tenhamos uma melhor educação em nosso Estado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, para discutir o Ver. Artur Zanella.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sr. Secretário, no dia em que foi discutido aqui o pedido de urgência, eu vim a esta tribuna para dizer que não concordava com a urgência e não concordava com o pedido que havia sido feito de não-apresentação de emendas e, por isso, fui mal compreendido por muitas pessoas e até citado em cartazes. Depois disso, ao atender uma comissão de professores da Secretaria de Cultura, que me pediu, em primeiro lugar, a apresentação de uma emenda e, depois, o apoio à Emenda do Ver. Hermes Dutra, essas mesmas pessoas me disseram que não voltariam à Casa porque haviam dito a elas – professoras – que a sua presença aqui não era bem-vinda, porque estavam bem vestidas, demonstrando que ganhavam bem, elas me disseram isso. Aqui e numa rádio, afirmei que isso não correspondia à verdade e todas as professoras eram bem-vindas. Hoje, demonstrando que tínhamos razão quando não aceitamos aquela urgência, pois já existem 24 emendas ao Projeto, rapidamente afirmo o que já declarei à direção das professoras. Analisadas as emendas, discutidas as emendas, votarei favorável. Todos os meus votos serão de acordo com o que for definido pela entidade dos professores. Seja a análise que for feita, porque, agora, com o tempo já decorrido para a análise dessas emendas, votarei a favor do que for decidido pelas professoras e pelos professores municipais.

É a nossa posição. Já examinei o Processo. Há algumas dúvidas e outros pontos com questões nebulosas. Mas, quem sabe o que serve para o interesse dos funcionários são os próprios funcionários, os quais têm seu foro próprio para discutir essas questões e terão meu voto favorável em tudo aquilo que for considerado adequado para eles. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, a Verª Gladis Mantelli.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e senhores professores, como Relatora que fui, na Comissão de Educação, pretendo fazer uma análise das emendas, em dez minutos, já que, quanto ao Projeto, obviamente, só poderíamos ser favoráveis.

Não fui favorável, em meu relatório, a todas as emendas. A Emenda nº 1, já retirada, não precisamos nos referir a ela.

A Emenda nº 2, parece-me absolutamente meritória, porque atende ao pessoal que, hoje, está na Secretaria de Cultura. Considero que esse segmento não poderia, de maneira alguma, ficar à margem do Processo.

A Emenda nº 3, do Ver. Valdir Fraga, que ele teve oportunidade de discuti-la, também somos a favor. Consideramos que nem sempre há condições para que haja correlação, e se nós realmente exigirmos esta correlação, poderemos deixar de fora algumas pessoas que desejam fazer o seu pós, como forma de crescimento pessoal.

Quanto à Emenda nº 4, apesar de no meu relatório ter votado contra a mesma, na medida que ela é inconstitucional, vou votar favoravelmente, a nível pessoal, porque considero que as atividades de classe com processo de alfabetização, realmente, precisam de um estímulo. Então, como Relatora, era obrigada a votar contrariamente, mas a nível pessoal posso votar favoravelmente e o farei.

A Emenda nº 5, que apenas amplia o recrutamento preferencial para as autarquias municipais, de autoria do Ver. Mano José, considero absolutamente válida: por que só vamos recrutar na Administração Centralizada? O Ver. Werner Becker colocava que esta Emenda poderia ter ficado melhor se, simplesmente, se dissesse: “aos funcionários estáveis”. Ele até tem razão em forma redacional, mas a Emenda preenche esta lacuna.

Quanto à Emenda nº 6, que coloca regulamentação para o Executivo em 60 dias, obviamente que somos a favor; consideramos que, como está no Projeto hoje, que seria regulamentado pela Secretaria de Educação, consideramos que cabe ao Executivo. Se o mesmo achar que é a Secretaria que regulamenta, muito que bem, mas como forma legal, esta redação é melhor.

A Emenda nº 7 é uma emenda, única e exclusivamente, de consertos redacionais, não precisamos nos deter na mesma, somos a favor.

A Emenda nº 8, de autoria do Ver. Antonio Hohlfeldt, que sugere a supressão do art. 19, votei contra, já expliquei ao Autor por que, porque ela entra com conflito com o art. 1º do Projeto original e mais, com o Decreto 9.006, editado em 15 de outubro do ano passado. Então, a supressão por esta Emenda não pode acontecer, ele tem que ser mantido no Projeto. Por esta razão, eu votei contrariamente.

A Emenda nº 9, sou favorável, porque acho que nós não podemos retirar a gratificação relativa a serviços extraordinários. Quer dizer, não podemos fazer a manutenção deste dispositivo.

Quanto à Emenda nº 10, que também é uma emenda supressiva, também somos a favor. Nós não podemos concordar que coisas que já estão incorporadas aos vencimentos sejam retiradas por um novo Projeto.

A Emenda nº 11 nada mais faz do que se adequar à Emenda nº 6. Uma vez aprovada a Emenda nº 6, obviamente temos que aprovar a Emenda nº 11, porque ela é um trabalho de adequação, meramente.

A Emenda nº 12, do Vereador Hermes Dutra, que retroage os efeitos desta Lei a 1º de junho, também é, absolutamente, meritória. Não acredito que haja necessidade de discussão sobre este assunto.

A Emenda nº 13, do Ver. Antonio Hohlfeldt, que já foi discutida com o autor, e que também se reporta ao Decreto 9.006, me parece, até que me provem o contrário, que a redação original do Projeto, realmente, é melhor. E, por esta razão, votamos contrariamente a esta Emenda.

Quanto às Emendas do Ver. Flávio Coulon, praticamente somos contrários a quase todas elas, com exceção de três. Achamos que as Emendas do Ver. Flávio Coulon, realmente, não atendem a filosofia do Projeto, apesar do Ver. Flávio Coulon ser o meu Líder, mas a análise que se faz, se faz em relação aos benefícios ou aos prejuízos que eventualmente isto traga ao Projeto.

A Emenda nº 14, em que ele sugere a supressão do parágrafo 2º do artigo 8, que passará a incorporar o teor do artigo 1º. Eu considero que a redação original como está é muito melhor que a sugestão apresentada pelo Ver. Flávio Coulon.

A Emenda nº 15, onde ele retira os pressupostos básicos da carreira do Magistério, eu não concordo com essa retirada, eu acho que uma carreira do Magistério que não tem pressupostos básicos não é uma carreira do Magistério. Portanto, eu voto contrariamente, mantendo a redação original.

A Emenda nº 16, em que, no item D, também o Vereador modifica a redação. Esta Emenda até poderíamos votar favoravelmente, mas não tem por quê. Eu continuo dizendo que a redação original do Projeto é melhor e, conseqüentemente, sempre que a redação original for melhor, eu permaneço com a redação original.

A Emenda nº 17, em que é suprimido o parágrafo 3º do art. 39, nós somos absolutamente contrários, porque: primeiro, contraria o art. 1º desta Lei, onde nós fazemos a transposição de artigos existentes naquela Lei, na 5.732. Se nós estamos substituindo, tudo que está na 5.732 deve constar nessa também, e a 133, que é dita que não se encontra contemplada na 133, não é verdade, ela se encontra contemplada no art. 165 da Lei Complementar nº 133. Então, não se justifica a retirada deste parágrafo, porque é algo contemplado nas duas leis maiores, que regem, hoje, o Município.

Quanto à Emenda nº 18, realmente somos a favor da mesma, porque consideramos absolutamente meritória esta passagem do tempo de 40 anos para 45. Consideramos que esta unificação, inclusive com o Estado, é altamente benéfica e deveria ser estendida ao resto do funcionalismo municipal.

A Emenda nº 19, que se reporta ao art. 52, que faz uma supressão, também consideramos altamente meritória esta Emenda do Ver. Flávio Coulon.

A Emenda nº 20, que é uma emenda retificativa, nos três itens iniciais eu até seria a favor; quanto ao 4º item eu sou contrária, o que me obriga, obviamente, a votar contra a Emenda inteira. Eu acho que os eventuais erros que tenham havido na tabela de vencimentos básicos, se o Executivo concorda com os valores, nós não temos por que modificá-los.

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Quero anunciar à Casa que o Sr. Secretário apregoará os oradores que já ocuparam a tribuna até o momento e que suspenderemos os trabalhos por uma ou duas horas e voltaremos, depois, conforme já tratado. V. Exa. passa a falar no tempo da Verª Bernadete Vidal.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: A Emenda nº 21 é meramente formal, não tenho por que ser a favor ou contra, então votaremos favoravelmente. As duas emendas seguintes são da Comissão de Educação e a razão que me levou a apresentar estas duas emendas na Comissão é que, no art. 51, parágrafo 1º, se coloca lá que o prazo para manifestação será de 45 dias contados da data de vigência da Lei. Como nós temos uma emenda sugerindo que esta vigência seja a partir de 1º de junho, este prazo ficaria muito curto. Então, nós estamos emendando, sugerindo que seja da data da publicação desta Lei. Inclusive, por falha minha, não fiz emenda semelhante ao art. 52. Sugeriria que alguma Liderança o fizesse, como forma de compatibilizar o mesmo teor, porque, se nós ficarmos com o prazo de vigência da Lei, o prazo de opção do professor será, realmente, demasiadamente curto.

A Emenda nº 23, também de autoria da Comissão de Educação, faz uma ressalva no art. 32, àquele professor ou especialista de educação que esteja cedido por convênios a instituições educacionais e àqueles acordos que existem com o próprio Estado. Nós consideramos que tem que ser ressalvado a estes professores este Plano, não podemos deixá-los de fora das normas gerais que vão reger o Plano, até porque temos professores atendendo instituições, há muito tempo, e que, sem eles, não poderíamos manter esses conveniamentos que o Município executa.

A Emenda nº 24, de autoria da Verª Teresinha Irigaray, é meritória, e somos a favor. Com isso, fiz uma análise muito rápida, muito breve das emendas apresentadas, e passaria a conceder os apartes. Por ordem, Ver. Coulon.

 

O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Gladis Mantelli, realmente, as coisas andaram tão rápidas que a gente não teve oportunidade de trocar idéias, portanto, vai ter que ser aqui mesmo, no Plenário. Mas, só para efeito de esclarecimento, eu entendo que o parágrafo 2º do art. 8º é fundamental para os professores, até concordo, mas tenho dois pareceres da Auditoria da Casa e do Assessor da Comissão de Justiça, que me dizem que ele é absolutamente ilegal, e esta é a razão da minha emenda, porque somos da Comissão de Justiça. Em relação ao art. 24, os pressupostos básicos, agora iniciava uma conversa com a professora que participou e acho, e agora estou um pouco mais esclarecido, que o art. 24 não deveria ter ficado no corpo, segundo o meu ponto de vista, e entendo que deveria ser dito assim: “o presente Plano de Carreira foi feito dentro dos seguintes pressupostos”, de tal modo que permitisse, no futuro, sob outros pressupostos, se estabelecer outro Plano de Carreira.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Só que, nobre Vereador, me permita, é que quando colocamos isso à margem, dizendo que este Plano foi feito com estes pressupostos, isso não vai constar da Lei, e, conseqüentemente, se, num outro momento, nós precisarmos recompor, já não teremos mais. Então, me parece que não provoca mal nenhum ao Projeto que estes pressupostos estejam no corpo do Projeto, não é inconstitucional, e não uma razão lógica para que o mesmo seja retirado, a não ser uma questão de interpretação.

 

O Sr. Flávio Coulon: Concordo com V. Exa., estou discutindo só o mérito e nada da legalidade; com relação à Emenda 16, que V. Exa. não concorda, é só uma questão de precaver o Município quanto à possibilidade de não se aceitar o registro e haver uma reversão e não será mais possível a reversão de vencimentos. Em relação ao parágrafo 3º do artigo 39, houve um equívoco. O 165 da 133 se refere a ganhos efetivos de contagem em dobro para o funcionalismo. Isto é um parágrafo de um artigo que se refere à diminuição da carga horária. Quanto a sua restrição a minha tabela, se V. Exa. não concordar com os valores, quando multiplicar o 20988 pela tabela 4 não darão os valores da tabela. O erro de cálculo acabou sendo contrário, em cem, duzentos, até mil cruzados para o Magistério. É simplesmente pegar 20 e multiplicar pelos 15, 35, 55 e 85 e dará esses valores.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Sei que V. Exa. fez os cálculos corretamente, mas eu opto pela tabela original. Tabela por tabela, se for aplicado o índice dará quatro e fará a progressão da mesma forma.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Quanto à Emenda do Ver. Flávio Coulon, há necessidade de ser votada. Recalculamos e há um equívoco no cálculo. Acompanhei sua análise, emenda por emenda, que acho altamente positivo para que haja um saneamento da matéria. Temos de corrigir.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Se V. Exa. acha que devemos fazer a correção, inclinou-me para isto.

 

A Sra. Bernadete Vidal: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Vereadora, eu só queria, como eu cedi o meu tempo a V. Exa., salientar e as professoras estão vendo aí o porquê da nossa negativa da urgência. Nós estamos analisando emenda por emenda e V. Exa. está fazendo isso com seriedade e competência; fizemos isso também na Comissão de Educação e ainda o Projeto vai ser melhorado, foi levado a sério e por isso nós de maneira nenhuma poderíamos votá-lo em regime de urgência. É bom que as professoras estejam aí para ver essa discussão.

Outra coisa que eu gostaria de cumprimentar a classe do Magistério é quanto a uma emenda que eu pedi que elas retirassem, isso há muito tempo, numa reunião da Comissão de Educação, creio que em 86 ainda, pedi que retirassem o dispositivo que impedia cegos, por exemplo, de entrar no Magistério no Município, pois exigia boa dicção, boa visão, etc., ali nos pressupostos está muito bom aquele artigo e estou com V. Exa.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Eu agradeço o aparte de V. Exa. e esqueci no início de agradecer o tempo que V. Exa. me cedeu.

 

O Sr. Antonio Hohlfeldt: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Gladis Mantelli, apenas para comunicar a V. Exa. que após a nossa conversa eu encaminhei a retirada da Emenda nº 3, ao Presidente da Casa, assim nós vamos limpando exatamente e tentamos votar o mais rápido possível com consenso.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Eu agradeço a V. Exa. pela retirada da Emenda.

 

O Sr. Caio Lustosa: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre Verª Gladis Mantelli, eu apenas queria reiterar a constatação realmente de que nós andamos com acerto negando a urgência na votação deste Projeto. Ao mesmo tempo, diante desta divergência de V. Exa. das emendas do Ver. Flávio Coulon, eu perguntaria se V. Exa. já teve oportunidade de discutir com a entidade representativa do Magistério Municipal e qual é o posicionamento da entidade. Isso inclusive vai servir para encaminhar e confortar o meu ponto de vista.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Eu não tive oportunidade de conversar com o Magistério. A posição que eu coloquei é a posição da Comissão de Educação, não é uma posição minha, particular. Eu meramente fiz um relato das decisões da Comissão.

 

O Sr. Caio Lustosa: Então seria interessante, eu aproveito o ensejo deste aparte para pedir à representação do Magistério que se manifeste justamente sobre se há procedência nessas ressalvas de V. Exa. ou nas emendas do Ver. Flávio Coulon, para que a gente possa resolver da melhor maneira possível.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Aí agradeço o aparte de V. Exa. e seguirei a sugestão de V. Exa. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE: Antes de encerrarmos a presente Sessão para reiniciarmos às 14h15min, o Sr. Secretário irá ler os nomes dos Srs. Vereadores que já usaram a tribuna e apregoar, para votação, o Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt, que retira a Emenda nº 13. Com a palavra, o Sr. Secretário.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: Já utilizaram seus tempos: Elói Guimarães, Mano José, Cleom Guatimozim, que cedeu a Elói Guimarães, Flávio Coulon, Caio Lustosa, que cedeu a Flávio Coulon, Ennio Terra, que cedeu a Elói Guimarães, Valdir Fraga, Artur Zanella, Paulo Satte, que cedeu seu tempo a Valdir Fraga, Gladis Mantelli e Bernadete Vidal, que cedeu seu tempo a Gladis Mantelli.

Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt. O Ver. Antonio Hohlfeldt solicita a retirada da Emenda nº 13.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO. Retirada da Emenda nº 13.

Conforme já havíamos anunciado, suspendemos os trabalhos até às 14h15min.

 

(Suspende-se a Sessão às 12h17min. Às 14h19min, o Sr. Brochado da Rocha assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Dou por reabertos os trabalhos da 67ª Sessão Ordinária.

Com a palavra, a Verª Teresinha Irigaray.

 

A SRA. TERESINHA IRIGARAY: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhoras professoras que superlotam, com muita honra para esta Casa do Povo, as galerias da Casa. Hoje é uma tarde realmente muito feliz para todos nós, porque estamos concluindo, porque vai ser levado a efeito e a termo, um trabalho que vem de uma categoria profissional que nós muito respeitamos, que são as professoras que formam o nosso Magistério Municipal. Sei e presenciei, porque vivi junto, o drama de todo o Magistério na composição do quadro e as angústias pelas quais a categoria passa. Sou professora estadual aposentada, já pertenci aos quadros do Magistério Municipal, e sei, porque senti, durante muitos anos, e ainda sinto, a resistência do Poder Público ao reconhecimento normal do trabalho do Magistério, que tinha que ser o mais bem remunerado, o melhor composto e, no entanto, nós sempre assistimos às brigas que as professoras fazem para uma melhor reposição salarial e para melhores vantagens na sua vida funcional. Assistimos a nível municipal e a nível estadual. Então, hoje é um dia gratificante porque a Câmara de Vereadores vai, certamente, aprovar, na sua unanimidade, o Quadro de Carreira do Magistério Municipal, que lhe dá vantagens pelo menos um pouco melhores do que aquelas que as professoras estão usufruindo atualmente. O Sr. Prefeito Municipal certamente não irá vetar nenhuma das emendas que nós iremos aprovar nesta Casa hoje e, certamente, o Magistério, a partir do mês de julho, vai ter, com a retroatividade da emenda do Ver. Hermes Dutra, a sua justa remuneração. Nós sabemos do longo e dificultoso caminho, dos vários embaraços que já surgiram com o Plano de Carreira encaminhado à Câmara Municipal, mas já superamos todas as dificuldades, já superamos, inclusive, todas as possíveis divergências e estamos aqui, nesta hora e nesta tarde, unidos todos os segmentos políticos, todos os Vereadores, que representam as diversas facções políticas, a considerar que o Magistério é, em primeiro lugar, um fator importante, um fator primordial, um fator básico, que sem as professoras, realmente, não conseguiremos nada, porque é meta prioritária do Governo a parte educacional. Então, estamos dando todo o respaldo às professoras, a sua associação, na figura da Professora Ana; estamos dando, enfim, todo o privilégio, dentro do Plano, para que ele realmente seja votado hoje, a fim de que as professoras saiam desta Casa um pouco mais satisfeitas em sua profissão, que é árdua, que é espinhosa, nos ombros das quais pesa, como já pesou em cima dos meus, a responsabilidade da condução de escolas com falta de material, com excesso de lotação de alunos, enfim, todas as dificuldades existentes na carreira do Magistério.

Trouxemos à consideração dos Pares da Casa, a pedido, uma emenda, a última, que certamente não vai modificar a parte em si do Plano. O motivo que levou à apresentação dessa emenda é uma alteração na redação dos artigos 35, 40 e 43. É para que sejam suprimidas as expressões “gratificação por atividade em classe de alunos excepcionais”, por “atividades em classes especiais de alunos excepcionais”, e “atividade em classe especial”, sendo substituído, professoras, respectivamente, pelas expressões: art. 35, “atividade diretamente ligada com aluno em classe especial ou escola especial”; art. 40, “b”, “atividades diretamente ligadas com aluno em classe especial ou em escola especial”; art. 43, “atividade diretamente ligada com aluno em classe especial ou escola especial”. Para que possamos ter um bom entendimento, o motivo dessas alterações foi exatamente o de cumprir a Resolução de nº 130, do Conselho Estadual de Educação, que define claramente e cristalinamente o que é classe especial e o que é escola especial. A classe especial, todos nós sabemos, funciona em escolas regulares de primeiro grau, para alunos que apresentem dificuldades na aprendizagem e sejam classificados como deficientes mentais educáveis. Na escola especial ensinam-se alunos deficientes mentais que são treináveis e que apresentam um QI inferior aos alunos deficientes mentais educáveis. Quer dizer, que é cristalino, aqui.

Concordamos, inclusive, o que antes não era previsto, com a gratificação para escolas especiais, pois as mesmas não existiam no Município de Porto Alegre, mas na Administração atual, com o Prefeito Alceu Collares e a Secretária Neuza Canabarro, serão criadas cinco escolas especiais, que deverão ser inauguradas este ano. E tenho a informação que o CIEM Especial Eliseu Paglioli tem a sua inauguração prevista para o próximo mês de julho. Então, os professores que atuarem nessas escolas especiais deverão ser beneficiados com esta gratificação.

Tivemos um cuidado de incluir a expressão “por atividades ligadas diretamente aos alunos”, tendo em vista que esta gratificação deverá ser dada aos professores que atuem diretamente com classificados como deficientes mentais. E nós trocamos a expressão “excepcional” pela expressão “deficiente”, porque achamos que o termo “excepcional” possui um duplo sentido, que pode ser empregado tanto para pessoas superdotadas, como para infradotadas. E a legislação federal recomenda o uso da expressão “deficiente”, não dando aquele sentido discriminatório e marginalizado que a outra palavra dá. E a própria Organização Mundial da Saúde usa o termo “deficiente” para definir os portadores de deficiência auditiva, visual, mental ou física.

Então, professoras e Srs. Vereadores, apenas esta nossa emenda, que foi a pedido de um grupo de pais que têm filhos deficientes, para que seja estabelecida essa diferença entre a classe especial e a escola especial.

E, encerrando aqui a minha intervenção, dizendo que, mais uma vez, nós, a Bancada do PDT, estamos inteiramente solidários com o Plano de Carreira do Magistério Municipal. E que estamos fechando, inclusive, com todas as propostas feitas pela categoria, que estivemos sempre à disposição da categoria, nesta Casa, tanto no nosso gabinete, como no gabinete do Presidente, como em qualquer outro encontro oportunizado pela categoria. Porque achamos, realmente, neste exato momento se faz justiça para aquelas que são as molas-mestra de toda e qualquer atividade. Todas nós sabemos que, nessas mãos, nas mãos das professoras, está o alicerce de qualquer coisa neste País. Então, nada mais justo, nada mais humano, nada mais social, do que ter sido encaminhado a esta Casa, para sua justa aprovação, o Plano de Carreira do Magistério Municipal. Se exigia que isso fosse feito, porque o Magistério já está muito pressionado, é muito esmagado, é pressionado por diversos movimentos, oriundos de onde vierem, e, realmente ele tem que ter segurança. O professor e a professora têm que ter a segurança nas suas salas de aula, de uma boa remuneração, de uma justa vantagem, para que possam atender com tranqüilidade seus alunos. Porque nada mais desconfortador, nada mais que intranqüilize uma pessoa que trabalha, saber que seu salário é minguado, que seu salário é curto, que não vai dar para pagar todas suas prestações mensais. Acho que nós estamos, Poder Legislativo, Poder Executivo e categoria profissional, de parabéns.

Eu sempre estive ao lado dos professores e acho que em boa hora foi mandado para esta Casa este Projeto. E tenho certeza que o Sr. Prefeito será sensível para toda a proposição feita pelos Srs. Vereadores, porque todas elas são justas, são meritórias e todas elas visam a uma melhor remuneração e melhores vantagens para o Magistério.

Portanto, professoras, o meu abraço, os meus parabéns, o meu voto, também, para tudo e que saiam, hoje, neste sábado, neste fim de junho, com a certeza de que, se não foi o melhor o que vocês conseguiram, pelo menos foi o primeiro passo que vocês deram. Outras reivindicações virão após e nós estaremos, como sempre, junto com vocês, para atendê-las nas suas justas e necessárias reivindicações. Por enquanto, era isso. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Rafael Santos.

 

O SR. RAFAEL SANTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, professores e professoras, vamos ser rápidos. Apenas desejo colocar o meu posicionamento pessoal com relação a este Projeto de Lei. Desde que entrou nesta Casa o Projeto de Lei estabelecendo o Plano de Carreira do Magistério Municipal, procurei entrar em contato com a Associação dos Professores Municipais de Porto Alegre e, já no primeiro encontro, ocorrido no gabinete da Presidência desta Casa, eu assumi o compromisso de acompanhar as posições da Associação dos Professores Municipais de Porto Alegre. E assumi este compromisso, Sr. Presidente, porque conhecia, porque vinha acompanhando a luta desta Associação em busca de um Plano de Carreira para o Magistério Municipal. Sabia do esforço da diretoria da Associação de Professores Municipais e do trabalho que havia desenvolvido no correr de um ano inteiro em busca deste Projeto e que, também, era do meu conhecimento, e o é, que ainda está longe de ser o ideal, mas que atende, pelo menos, as reivindicações mais sentidas do nosso Magistério. Na primeira oportunidade do primeiro encontro havia sido solicitado, pela Associação, que não fossem apresentadas emendas, e eu assumi o compromisso de não apresentá-las. Posteriormente, no primeiro exame da matéria, verificou-se que havia erros crassos no Projeto, inclusive de dois artigos com o mesmo número, de vários parágrafos com a denominação de parágrafo único, e que, na realidade, havia mais um. Havia três parágrafos e dizia parágrafo único. Havia erros até de redação e, com isto, a necessidade de surgimento de emendas que até reparassem estes erros, de tal forma que o Projeto estivesse em condições de ser votado. Hoje temos, na realidade, 22 emendas sendo apreciadas. A Emenda nº 01 foi retirada por seu Autor, Ver. Hermes Dutra, e a Emenda nº 13, retirada pelo Ver. Antonio Hohlfeldt. Das restantes 22 emendas, por uma questão de coerência com o meu posicionamento, eu estou aguardando a posição da Associação dos Professores Municipais de Porto Alegre, e irei votar de acordo com este posicionamento. Eu já recebi da Associação um documento contrário às Emendas 14 e 17, ambas emendas supressivas, de autoria do Ver. Flávio Coulon. Então, seguramente, votarei contrário às Emendas 14 e 17, porque, hoje, a minha postura com relação à votação deste Projeto de Lei é acompanhar a posição da Associação dos Professores Municipais de Porto Alegre. Com relação às demais emendas, estou aguardando a Presidente da Associação, Profª Ana Lúcia, que disse que irá nos encaminhar a posição da Associação com relação às demais emendas e, de minha parte, mantenho o compromisso que assumi no primeiro dia em que este Projeto chegou à Casa: acompanharei, rigorosamente, a Associação dos Professores de Porto Alegre, porque entendo que representa, realmente e efetivamente, o pensamento do Magistério Municipal de Porto Alegre. E até convalescido por uma recente eleição, cuja diretoria teve um expressivo número de votos a seu favor e concorreu até sem oposição para um novo mandato eleitoral. Por este motivo é que vim a esta tribuna, pois queria apenas registrar este meu posicionamento, porque embora seja secreta a votação, quero deixar muito claro o meu posicionamento, que será sempre de acordo com o que a APMPA sugerir, ou orientar esta Casa na votação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Hermes Dutra, V. Exa. tem 10 minutos.

 

O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, efetivamente, tenho reiterado, pela milésima vez, que o meu voto será favorável ao Plano, e a questão se me afigura, hoje, menos em relação ao Plano, que seguramente será unânime a sua aprovação, mas, especificamente, em cima de algumas questões, e de forma muito particular em relação a algumas emendas, que, polêmicas umas, menos outras, nenhuma delas conseguiu, a não ser as de redação, e, mesmo assim, há uma de redação que terá que ser solicitado destaque especial de votação, porque ela contém no seu bojo outra questão, então, nem as de redação conseguiram a unanimidade da Casa. Isso deve servir para algumas reflexões. Em primeiro lugar, já foi ratificado por outros Vereadores, que tínhamos razão quando levantássemos a questão da impossibilidade de aprovar um projeto desta magnitude em regime de urgência, no qual é nomeado um relator-geral e este dá um parecer, naturalmente que este não vai sair a dar simpósios e seminários, porque a urgência diz, como o próprio termo o define, é urgente a sua aprovação, de forma que quando houve a negativa de aprovação da urgência, nesta Casa, alguns segmentos do Magistério, mal informados, talvez, não entenderam a atitude da Câmara a tal ponto de até panfletos serem distribuídos, eu mesmo recebi dois, no meu gabinete, anônimos, um até com ofensiva a este Vereador, mas coisas que não me abalam.

Mas é necessário que hoje se reconheça a razão que tinham aqueles que eram a maioria expressiva desta Casa, de não votarem em regime de urgência. O mal, talvez, e aí reside o cerne do mal-entendido, é que o Projeto devesse chegar aqui no mês de abril ou no início do mês de maio, o que nos possibilitaria uma discussão mais ampla. E é tão verdade o que estou dizendo - e queria que a platéia de professores prestasse atenção, que para falar de coisas que não se conhece é muito fácil, as pessoas chegam, dizem e falam -, então, eu queria alertar aos professores em relação, por exemplo, a uma emenda do Ver. Flávio Coulon, que a Verª Gladis Mantelli já havia me convencido e ela é uma estudiosa do assunto, que a mim havia passado despercebido, pois iria votar contra a emenda do Ver. Flávio Coulon, e esta emenda rejeitada iria trazer sérios prejuízos para o Magistério. Então, fui alertado deste erro há questão de três horas atrás, um pouco antes do encerramento da Sessão da manhã, quando alguém me assoprou que esta emenda é extremamente necessária para o Magistério.

Então, vejam os senhores professores que se não há uma discussão, que pode parecer uma discussão difícil de ser ouvida, chata de ser resolvida, ruim, esperada, a grande verdade é que a discussão é essencial, porque nesta discussão é que se tiram essas dúvidas. Se tivéssemos rejeitado a emenda do Ver. Flávio Coulon, a Câmara entra em recesso a semana que vem, o Projeto iria à sanção e só no mês de agosto, provavelmente, viria o novo projeto do Prefeito retificando o que havia de errado e aqui nem estou falando mal do Executivo, porque errar qualquer um erra. É claro que o Executivo Municipal, pela assessoria que tem, tem obrigação de errar menos que nós, mas não tem obrigação de não errar, não vamos chegar também a este ponto, mas ele tem obrigação de errar menos que os Vereadores. Há de se ressalvar, por uma questão de consciência, porque briguei muito, vieram professores me procurar e reclamar, alguns acremente, da posição que tomei junto com outros, aliás, com a maioria da Casa, sobre a questão da urgência.

Em segundo lugar, o Vereador – e falo novamente, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, aos professores, e peço que reflitam sobre isto - é um ser como qualquer outro, erra e acerta, mas o Vereador tem a obrigação que aquele segmento determinado, que vai ser beneficiado por uma lei, não tem. O Vereador tem a obrigação de olhar o todo e, dentro desta análise, é que ele faz a sua manifestação, apresenta as suas emendas e dá o seu voto, se for o caso. Ele não pode ficar unicamente segmentado a olhar para um único lado. Isso não quer dizer que, por exemplo, porque todos nós aqui nesta Casa concordamos que é necessária uma reclassificação geral para o funcionalismo municipal, com um aumento substantivo, para que, pelo menos, volte ao nível anterior de remuneração, que era 1.55 do piso básico de salário, isso não quer dizer que, porque nós concordamos que deva ser feita esta reclassificação, que não vamos votar uma reclassificação que beneficie os professores. Não. Claro que vamos votar. Agora, não podemos nos descuidar do total.

Outra questão que tem que ser gizada neste dia, que é um dia histórico para o Magistério de Porto Alegre, é que o próprio Município de Porto Alegre, para continuar recebendo os recursos do Fundo de Participação dos Municípios, destinados à Educação, obrigatoriamente teria que ter este Plano de Carreira. A partir do ano que vem, o município que não tiver o Plano de Carreira não vai mais receber esses recursos. Então, isto aqui, na verdade, é uma soma da aspiração da categoria, é uma soma de intenções do Executivo e é uma soma da intenção dos Vereadores também.

Vou me ater, Sr. Presidente, a algumas emendas, dado que o tempo é curto e é impossível se falar de tudo. Devo dizer que, desde o primeiro momento, quando disse que o Projeto não poderia tramitar em regime de urgência, disse que faria uma emenda garantindo o direito dos professores para que a discussão não lhe trouxesse prejuízo financeiro, e fiz apresentando uma emenda que retroagia os efeitos a primeiro de maio. Posteriormente, procurado pela Associação dos Professores, que me alegou uma série de razões que não cabe enumerar aqui, apresentei uma outra emenda retroagindo a primeiro de junho, porque foi outro erro que o Executivo cometeu. Na semana passada, nós aprovamos aqui uma gratificação para o Pronto Socorro e no Projeto que veio do Executivo dizia: “esta Lei vige a partir de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1º de junho”. Estava no Projeto original. Não precisou ninguém apresentar emendas. Agora, como disse, o Executivo não está inocentado de errar. Está obrigado sim, a errar menos do que nós.

 

O Sr. Nereu D’Ávila: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) O aparte é breve. Na parte mais anterior do seu pronunciamento - só para não deixar passar em branco - V. Exa. referia que, no Município, só aqueles que têm o Plano de Carreira receberão o Fundo de Participação. Quero que V. Exa. não faça injustiça, ouvi que suas palavras dirigem uma crítica ao Executivo.

 

O SR. HERMES DUTRA: Se V. Exa. tomou como crítica, não ponha isso na minha boca. Eu não critiquei.

 

O Sr. Nereu D’Ávila: V. Exa. disse que era uma soma de erros, inclusive do Executivo errando menos e a Câmara também.

 

O SR. HERMES DUTRA: Não, Vereador. V. Exa. fez confusão. Eu disse que era uma soma da exigência legal da filosofia do Executivo – frisei isso – da reivindicação da categoria e da vontade dos Vereadores. Disse que essas quatro somas é que gerariam a aprovação do Plano de Carreira. Me referia aos erros quando disse que o Executivo tinha de errar menos, a uma série de erros em relação, por exemplo, ao problema da tabela que o Ver. Flávio Coulon estava corrigindo com emenda e que eu iria votar contra, que me assopraram antes do meio-dia que realmente teria de votar a favor.

 

O Sr. Nereu D’Ávila: Correto; então só para completar o aparte e ressalvada a explicação de V. Exa., é apenas para acentuar que uma prova, então, dos acertos do Executivo em mandando agora o Projeto é de que, graças a Deus, não prorrogados os mandatos, o próximo Prefeito, que não há certeza que seja do nosso Partido, embora assim esperemos, será beneficiado e o Município de Porto Alegre.

 

O SR. HERMES DUTRA: Claro, disso não tenho a menor dúvida, Vereador. Minha primeira palavra foi de apoio ao Projeto; acho que V. Exa. está lembrado disso. Ninguém pode criticar o Executivo e acho que ninguém fez isso. A questão que levantei foi o problema da discussão que houve. V. Exa. foi vítima, inclusive. Até o nome de V. Exa. andaram pregando em paredes, dizendo que era contra os professores. Críticas infundadas, apenas porque queremos discutir, porque da discussão é que surgem estes efeitos aqui. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Hermes Dutra, o tempo de V. Exa. está esgotado, mas o Ver. Jorge Goularte inscreve-se e cede seu tempo a V. Exa., que falará por mais dez minutos.

 

O SR. HERMES DUTRA: Eu agradeço ao Ver. Jorge Goularte que, em me cedendo seu tempo, perde a oportunidade de falar. Agradeço, Vereador, e procurarei falar coisas das quais V. Exa. não divirja, para agradecer o tempo cedido.

Mas, Sr. Presidente, eu me referia à Emenda nº 1. Retirei a Emenda a pedido dos professores, que me alegavam que poderia haver veto do Sr. Prefeito Alceu Collares. Concordei. Foi retirada, e ficou a emenda que retroage a junho, que é uma outra emenda de autoria deste Vereador, altamente discutível e que, a propósito disso, no sábado passado, participando de um mocotó festivo em uma escola municipal, tive um agradável convívio com um grupo de professoras, algumas até da Secretaria Municipal de Educação. Tivemos um agradável bate-papo, durante mais de duas horas, em que terçamos armas em relação aos nossos pontos de vista. E há um fato que quero salientar, até para fixar a minha posição, porque houve pessoas que me disseram: “É, Vereador, o Sr. vai ficar de bem com 60 ou 80, e vai ficar de mal com 2000”. Então, eu respondi que a minha preocupação não era ficar bem com 60 ou ficar mal com 2000; a minha preocupação era fazer aprovar aquilo que eu achava que era o melhor. E admito que pode não ser o melhor, afinal de contas, ninguém tem o dom da infalibilidade, a não ser, para nós, católicos, o Papa. Então, fiz uma Emenda, que é altamente polêmica, que se refere ao problema das professoras na Secretaria Municipal de Cultura. Sei que é altamente polêmica, mas, o que, basicamente, se quer com essa Emenda? Historicamente – certo ou errado, não me compete discutir aqui – a cultura do Município foi feita por professores, sempre foi. Até, aliás, não poderia ser diferente, porque ela era um braço da Secretaria de Educação. Quando foi criada a Secretaria de Cultura, obviamente deve ter havido, internamente, uma discussão sobre quem queria ir para a Cultura e quem queria ir para a Educação, e as professoras foram para lá, umas com serviço administrativo, outras no exercício de práticas pedagógicas, e outras, ainda, como professoras de arte, no exercício de praticamente a sua função no Magistério. Frisei exercício de práticas pedagógicas porque ouvi, de uma professora que conversava comigo, dizendo que lá não são professores, são instrutores. Ora, mas um instrutor exerce uma função pedagógica também. Ou estarei errado? Acho que não. Então, o que se quer efetivamente com a Emenda? Existem, hoje, perto de 60 professores na Secretaria Municipal de Cultura. Ora, com as vantagens, que são inequívocas, neste Plano, quem ficar sob a asa deste Plano terá um aumento em torno de 80%, uns um pouco mais, outros pouco menos. Então, um professor que ganhe trinta mil cruzados, que esteja na Secretaria da Cultura, digamos no “atelier” livre. Ora, ele terá a possibilidade de, voltando à Secretaria de Educação, ganhar Cz$ 54.000,00. Vamos convir que não há amor à arte que resista a isso. Não há, a pessoa precisa viver, precisa se sustentar, precisa sobreviver. Então, tenta-se não deixar esta situação eternamente lá. Se a situação persistisse, havia uma tendência, ainda ontem aqui estiveram professores do Museu, que já, ontem, queriam voltar às suas funções na SMEC, por motivos óbvios e plenamente aceitáveis. E quem faria a sua parte na Cultura? Ficaria acéfala. Não vimos motivos para discussão da Emenda, que apenas diz: “Enquanto não forem criados cargos afins de educação, ao professor, na Secretaria Municipal de Cultura, os atuais professores que lá estão, a estes lhes será garantida a vantagem advinda desse Plano”. Tão logo o Sr. Prefeito e o diligente Secretário de Cultura encaminhem os cargos daquela Secretaria - e não sei quando isso vai ocorrer, poderá ser no mês que vem, poderá ser agosto ou setembro, acredito que será neste semestre -, os professores, então, deverão fazer a sua opção. Aí, sim, mediante uma alternativa de não deixar a Cidade sem pessoas para fazer cultura. Alguém até poderá dizer “ah, mas, dentre esses 60 há alguém dispensável”. Confesso lisamente mesmo, até acredito, mas não se pode legislar por parte. Então, preservar esses professores parece-me ser de obrigação nossa. Não para preservar os professores, mas para preservar a cultura da Cidade, porque, se não, terá de sair o Sr. Secretário da Cultura a catar artistas, fazer contratos, que nem sei se encontram amparo legal, para assumirem as funções que vinham fazendo. Um datilógrafo pode, facilmente, não tenho dúvidas que será, mas creio que dificilmente alguém que tenha exercício de práticas pedagógicas na área cultural, que é larga e que é imensa, não encontrará substituto em poucos momentos. E o prejuízo advindo para a área cultural será enorme. Por isso apresentei a Emenda, com vistas a resolver isto não definitivamente, a própria Emenda diz “enquanto não forem criados”. Na hora que for criado ela deixa de viger.

 

O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Como pretendo acompanhar V. Exa. nesta Emenda, mas a título de esclarecimento, há pouco, quando cumprimentava a Secretária de Educação pelo Projeto, ela me apresentava um Parecer da Procuradoria do Município dizendo que esta nossa pretensão é ilegal. Como não conheço o Parecer, vou votar a favor da Emenda e esperar que o Prefeito apresente as razões do veto.

 

O SR. HERMES DUTRA: Aí o Prefeito assume a responsabilidade da ação, e eu pelo menos terei cumprido o meu papel. E falo, novamente, aos professores. Os senhores devem estar sentindo no bolso o problema da água, esta Câmara votou, com um único voto contrário, o meu, e não me considero o bom desta Casa, assumo o erro dos meus companheiros, esta fórmula da água que está doendo no bolso, foi votada por nós, nesta Casa, porque apreciamos apressadamente uma questão, nos deixamos levar pela argumentação, e não se quer cometer de novo este erro. O Prefeito, se quiser, que o faça, mas que assuma a responsabilidade e não transfira a nós como tem feito nos debates.

 

O Sr. Clóvis Brum: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) A Emenda é oportuna. E como V. Exa. citou o problema da água, convém lembrar à Casa que dados trazidos à última hora quer pela Secretária da Educação, quer pelo Diretor do DMAE, e outros, estes dados trazidos à última hora pecam até pela rapidez com que são formulados; portanto, o Parecer do Doutor Procurador do Município não me preocupa quanto à Emenda de V. Exa. Vou votar tranqüilamente, já votamos favorável no âmbito da Comissão. E acreditamos que o Plenário vai ser sensível. E quanto aos aspectos da legalidade ou da ilegalidade, deverão correr por conta e risco do Prefeito.

 

O SR. HERMES DUTRA: Sou grato a V. Exa. Meu tempo está no fim, vou apenas me referir a uma outra emenda, que também peço a atenção dos professores. É óbvio que se eu fosse professor, eu iria tratar de atender as minhas reivindicações, porque o professor não tem obrigação de fazer Planos de Carreira, nem de se preocupar com os problemas do Município, ele tem obrigações específicas que lhes são determinadas em Lei. Mas o Vereador não, o Vereador também tem obrigações específicas, e vejam o caso que ia acontecer com os convênios que esta Casa aprova. Nós aprovamos convênios que vêm do Executivo, no qual são cedidos professores, para escola, por exemplo, de atendimento ao excepcional. O Município dá 10 professores e, em troca disso, o Município indica 20, 30 vagas. Esses professores, segundo a avaliação que se fez, exaustiva, estariam fora do Plano. A Verª Gladis Mantelli teve de fazer uma emenda justamente para não cometer essa injustiça com esses professores, por parte da classe dos professores e por irresponsabilidade de nossa parte. Porque na hora em que nós aprovamos um convênio com a sociedade X, que atende excepcional, e lhe damos 10 professores e depois fazemos um Plano que o professor saindo de lá vai ganhar quase o dobro, será irresponsabilidade nossa. Porque não há amor que resista a isso, as pessoas não vivem só de amor, então ele não vai deixar de ganhar mais só por amor.

Eu concluo, Sr. Presidente, eis que a Emenda da Verª Gladis Mantelli também aconteceria em relação às permutas do Estado: professores do Estado que lecionam no Município e vice-versa. O Plano tem que agasalhá-los, não pode deixá-los fora, eles estão exercendo funções iguais, apenas em outros locais. Tenho, para mim, que ninguém faz isso porque quer, são as coisas que se passam assim e nós temos a responsabilidade de corrigir. Por isso fui contra o regime de urgência. E Deus queira que não tenha mais erros que nós não tenhamos conseguido detectar, para não vir em prejuízo da própria classe. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Antonio Hohlfeldt.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e senhores professores, começo exatamente com o final do discurso do nobre Vereador Hermes Dutra, Líder do PDS.

Eu acho que todos nós nos devemos parabenizar com os senhores, porque o envio deste Projeto à Casa, depois de tantos anos, é, sem dúvida nenhuma, uma conquista da classe dos professores municipais, não uma concessão. E isto, do ponto de vista político, é fundamental. Vocês todos tenham a absoluta clareza. Isso não elimina o reconhecimento da coerência do Sr. Prefeito Municipal, da Secretária de Educação, que pregam a defesa da educação com um processo de crescimento político e entenderam que, ao lado da construção de escolas, que ao lado da nomeação de professores, ao lado da introdução eventual de novas técnicas, novos métodos pedagógicos, evidentemente nós necessitamos da valorização do elemento dinâmico básico, que é o próprio professor.

Acho que o Plano não vai resolver todos os problemas, nós sabemos disso. Há situações concretas de escolas sem material, há situações concretas de escolas municipais onde também chove, a exemplo das escolas do Estado, há situação concreta ainda de falta de professores em algumas escolas, e vai por aí afora. Mas, sem dúvida nenhuma, o Plano é um passo e, nesse sentido, merece o Sr. Prefeito Municipal e merece a Secretária Neuza Canabarro os nossos cumprimentos. E merece, sobretudo, o respeito nosso a Comissão de Professores que trabalhou na elaboração deste texto, que discutiu os seus detalhes dentro da SMED e depois na própria Secretaria Municipal de Administração. E, evidentemente, merece, também, o nosso apoio - e a exemplo de outros Vereadores que aqui já se manifestaram, Ver. Artur Zanella, Ver. Rafael Santos e tantos outros - a Associação Municipal de Professores, na medida em que nós vamos encaminhar o nosso posicionamento dentro da orientação dada pela Associação. Não numa perspectiva corporativista, mas sim, numa perspectiva em que, desde o primeiro momento que, enquanto Vereadores, assumimos a tribuna, nesta Casa, e sempre o fizemos numa tentativa de trabalhar junto, de trabalhar ao lado das entidades de representação classista, e não seria agora que iríamos mudar, portanto, a nossa posição. Não é novidade, nós sempre encaminhamos cópias de todas as emendas, de todos os projetos, a cada entidade, a cada setor atingido, e evidentemente que o faríamos muito mais agora. A Verª Jussara Cony está com um problema de afonia, me pediu que a incluísse nessa nossa discussão, e o faço com muito prazer, até porque, com a Verª Jussara Cony, como com outros Vereadores desta Casa, entre os quais o Ver. Lauro Hagemann, Caio Lustosa, e, mais recentemente, Vereadores Jorge Goularte, Rafael Santos, Flávio Coulon, e tantos outros, temos buscado um trabalho crescente. Acho que nesse sentido foi extremamente importante o encaminhamento que fizemos, nesta Casa, exatamente há cerca de um mês, quando nos posicionamos contrários à urgência; talvez, num primeiro momento, a reação, até afoita, de alguns professores, tenha levado isso como posição contrária, nossa, aos interesses de vocês, mas acho que a reflexão, o aprofundamento da questão mostrou como isso foi acertado. Não aprofundo esse assunto, porque já foi discutido e relatado várias vezes. Gostaria, apenas, de chamar a atenção para um detalhe que me parece importante: a edição, mensal, do jornal “Leia Livros”, desta semana, traz um interessante artigo, com o título “Profissão de Mulher”. Aí se levanta o mecanismo usado nas últimas décadas, por parte do Poder, no sentido de utilizar mão-de-obra feminina, como uma possibilidade de mão-de-obra barata, no aspecto da educação, posição, aliás, que tínhamos denunciado já há muito tempo atrás. Evidentemente que a modificação de costumes, a luta das mulheres pelo seu direito e pela igualdade, chegou também à categoria dos professores, e temos visto, nos últimos anos, um posicionamento forte das professoras estaduais, que são o grande número da categoria no Estado, e vemos que cresce a posição e a participação das professoras municipais. É bom lembrarmos que na greve do ano passado foi exatamente a organização e a força da categoria dos professores que permitiu, em grande parte, que o movimento atingisse uma força que realmente foi significativa pela primeira vez, depois de tantos anos, a mobilização de todos os municipários. Portanto, é importante neste momento que vocês, como categoria, se mantenham também unidos nesta reivindicação e na luta pela garantia desta reivindicação.

Eu creio que o resultado da retirada de emendas que ocorreu pela manhã, a discussão que estamos encaminhando, inclusive hoje, agora nos últimos momentos que antecedem a votação, no sentido de se buscar posições conjuntas, não digo de unanimidade, mas de maioria que garanta a aprovação das emendas que são de interesse de vocês como categoria, mostra que nesta Casa, guardadas as diferenças partidárias, talvez as perspectivas de análise, é possível se fazer um trabalho político sério, em que diferentes siglas partidárias, diferentes Vereadores, nos unimos e encaminhamos isso conjuntamente. Creio que, de um modo geral, todas aquelas emendas que a Associação respalda com a sua posição, tenham aqui a garantia do seu voto em relação às Bancadas de oposição e espero eu que encontrem também o respaldo da Bancada da situação, da Bancada do PDT. É nesse sentido que eu apenas gostaria de solicitar aos companheiros Vereadores da situação, assim como tenho discutido com objetividade, com tranqüilidade, por exemplo, com o Ver. Valdir Fraga e com tantos outros, emendas das mais diferentes, projetos mais diferentes – ainda agora o Ver. Adão Eliseu me relatava e comentava um outro episódio em que podemos atuar juntos, em relação, inclusive, a uma situação externa à Câmara, o que mostra também a possibilidade de nós somarmos esforços. Nesse sentido, eu queria encaminhar um apelo à Bancada do PDT, não digo que em todas, mas diria naquelas emendas que sejam essenciais aos professores, que o PDT feche não com a oposição, mas feche com os professores, e vejam os senhores professores que é uma realidade de cada Vereador, pois a votação será secreta e cada Vereador estará votando com a sua própria consciência, exatamente a sua consciência, porque vocês não saberão, aqui, quem vai votar contra ou quem vai votar a favor. Vocês terão, apenas, depois, o resultado final, aquilo que vai ser atendido e aquilo que não vai ser atendido pela maioria dos Vereadores desta Casa. Então, não estou, aqui, pregando traição ao Prefeito ou coisa deste tipo. De maneira nenhuma. Estou apenas fazendo um apelo no sentido de que se vote a favor do interesse desta categoria que é fundamental.

Viajei, já, a alguns países do Exterior, inclusive países socialistas, e tenho visto que, naqueles países onde realmente se aposta na Educação, o professor primário é o que tem maior valorização. A ele se dá maiores salários, porque, exatamente, da alfabetização e dos primeiros anos do ensino primário, nós vamos decidir da capacidade da categoria, do crescimento dos futuros cidadãos. São as crianças que vão ser, depois, cidadãos úteis ou não à sociedade. Aqueles que terão uma participação ativa ou aqueles que serão, pura e simplesmente, manipuláveis pelas elites que, evidentemente, defendem os seus interesses, e não os da maioria. Então, é neste sentido que temos por importante esta discussão. Como disse na minha intervenção num dia de manhã, aqui, quando, a convite do Presidente da Casa, professores acorreram a este Plenário, nós podemos dialogar com tranqüilidade.

 

O SR. PRESIDENTE: O seu tempo se esgotou, mas como a Srª Verª Jussara Cony lhe cede o seu tempo, V. Exa. tem mais dez minutos.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Obrigado. Eu, mais uma vez, registro: a Vereadora está afônica e não tem condições de falar, e eu me sinto muito honrado em poder representá-la, também, nesta discussão.

Então, naquela manhã, dizia com clareza aqui, aos professores que estavam conosco, que entendo que o Plano de Carreira é muito mais do que uma simples possibilidade de ampliar salário. Acho que o Plano de Carreira é, exatamente, a delimitação, a decisão do encaminhamento de trabalho profissional. E quero usar esta palavra com clareza. Ouvi, de algumas professoras, por vezes, uma reação à idéia de que o professor discutisse a sua profissão ou a sua profissionalização. Ora, eu sou professor, leciono numa faculdade há muitos anos, desde 1985, e acho que é fundamental, sim, o nosso sentido de profissão e de profissionalização. Só assim eu vou ser melhor professor, porque o meu aluno vai poder me cobrar, e eu terei obrigação de cumprir. Se eu for um amador, se eu apenas estiver quebrando um galho, se não tiver compromisso com a minha escola e com o processo educacional, evidentemente não vou cumprir com aquilo que preciso cumprir. Então, queria dizer a vocês que não tenham vergonha de discutir e brigar pela sua profissão e sua profissionalização. Os mais idosos, os já aposentados e os que estão em vias de aposentadoria ou aqueles que estão iniciando recém a sua carreira. É uma profissão, sim, muito digna, muito importante. Além de ser, também, evidentemente, um ideal, porque, afinal, teríamos tantas outras opções.

 

O Sr. Nereu D’Ávila: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, só apenas para repor, acho uma frase mal colocada de V. Exa. que, naturalmente com a boa intenção e apelando à Bancada governista, que é perfeitamente dispensável, mas V. Exa. disse que a Bancada governista, a nossa, em certas emendas fechasse com os professores. Quer dizer, eu sei que foi força de expressão, porque, naturalmente, V. Exa. está invertendo completamente o ângulo da análise, porque fomos nós quem fechou primeiro com os professores, o Plano de Carreira é do Governo, é da Bancada governista, é de todos nós. E naturalmente isso não elide que V. Exa. e os Vereadores que seriam da oposição aperfeiçoem o Projeto com emendas perfeitamente compatíveis, como algumas que existem. E neste teor, nós, naturalmente, já estamos sensíveis. Mas só para colocar as coisas nos lugares, que tenho certeza que foi a frase mal colocada. V. Exa. não desconhece, como ninguém, que a iniciativa do Projeto foi, é, e será para sempre do Governo ao qual nós pertencemos hoje.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Acho que V. Exa. me entendeu mal, Vereador. Me referia, no caso, exclusivamente às emendas; tanto que no início do meu pronunciamento eu dizia, reconhecia do mérito do Prefeito Alceu Collares e da Secretária Neuza Canabarro de terem enviado o Projeto, que todos nós sabemos que este Projeto deveria ter sido enviado desde 1985, pelo menos. Isso já foi levantado pela Verª Gladis Mantelli, por mim mesmo e por outros Vereadores. O que eu quis ressaltar aqui foi a questão das emendas; que não ficasse a Bancada governista, Ver. Nereu D’ávila, apenas no apoio às emendas técnicas de redação, mas que também votasse conosco naquelas emendas de conteúdo que, claramente, são importantes para nós avançarmos um pouco mais. Algumas, inclusive, que não foram incluídas, menos pela iniciativa da SMED e muito mais, eventualmente, por problemas surgidos na própria Secretaria da Administração. Quer dizer que não é nenhuma briga eventual, mais uma de situação e oposição, mas foi até, talvez, visões diferentes de Secretarias, e que nós podemos, aqui, retomar estas questões e encaminhá-las, então, dentro da perspectiva que não prejudique os demais funcionários. E esta foi sempre uma preocupação nossa, já explicitada aqui para que se avance um pouco mais em relação ao interesse do professorado.

 

O Sr. Jorge Goularte: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador Antonio Hohlfeldt, quero dizer a V. Exa. que estou atento a sua análise e nós até combinamos, entre nós, uma forma de votar. Como V. Exa. disse, vai ser secreto, mas nós, que temos vergonha no rosto, dizemos o que fazemos e somos responsáveis. Eu vou acompanhar V. Exa. na votação deste Projeto e, nas Emendas de 2 a 13, 18, 19, 20, 22, 23 e 24, votarei Sim; nas Emendas 14, 15, 16 e 17, votarei Não; na Emenda nº 3 estou em dúvida, porque nós estamos ainda analisando este problema, porque ela é uma emenda que realmente é problemática. Eu não apresentei emenda porque tinha dado a minha palavra aos professores, mas outros companheiros o fizeram, e fizeram bem, porque havia muitos erros redacionais. Então, eu acompanho V. Exa. não só na análise, mas na votação. Muito obrigado.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Agradeço a V. Exa. pelo aparte. Sr. Presidente, uma Questão de Ordem: o relógio marcou 5 minutos, e a campainha soou. Não sei se V. Exa. novamente marcou errado. Eu não gostaria de ser prejudicado em mais cinco minutos aos quais eu teria direito. Por um acaso eu tinha acabado de olhar o relógio e estava marcando 4h50min e soou 5h imediatamente.

 

O SR. PRESIDENTE: Realmente, a campainha está em pane.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Menos mal que é a campainha, e não nós.

 

O SR. PRESIDENTE: Exatamente. Faltam cinco minutos para V. Exa.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores professores, eu gostaria, ainda, de salientar aqui uma outra questão que é importante. Vencida a etapa de hoje da votação – e isso nós sempre alertávamos aos professores, porque houve, num certo momento, um diz-que-diz-que de que não era bom surgir emendas porque senão o Projeto ia ser vetado, e eu creio que fui dos primeiros Vereadores a chamar a atenção para o fato de que a emenda ou veto de emenda nada tinha a ver com o Projeto e a sua aprovação, porque o veto pode ocorrer e o Projeto ser homologado, sem nenhum problema. Acho que hoje isso é de consenso, todo mundo entendeu. Quer dizer, nós tínhamos obrigação de esclarecer isso que, por má fé, ou por ignorância, estava passando erradamente à categoria. Quer dizer, as emendas nada têm a ver diretamente com a aprovação do Projeto final. Quer dizer, se eventualmente o Executivo quiser vetá-las, ele assim o fará, isso será devolvido dentro do prazo legal a esta Casa, que reexaminará e decidirá pelo aceite ou não do veto, mas isso não impede a homologação do Projeto. E eu lembro aos senhores que isso ocorreu no Plano e no Estatuto, em 1985, quando terminamos de votá-lo no dia 31 de dezembro. O então Prefeito João Dib homologou o que quis e, no mesmo dia, vetou tudo o que tínhamos emendado. Só posteriormente, com a ratificação dos vetos, com o Prefeito Collares, que assumia, viemos a discutir esses vetos, três ou quatro meses depois, o que não impediu que o Plano estivesse funcionando. Isso é importante, mas será importante também que, quando da análise dos vetos, em agosto ou setembro, os senhores estejam presentes para acompanhar a decisão final, para que possam participar da discussão final, se necessário, em relação aos vetos. Como última observação, acompanhamos o Ver. Hermes Dutra na Emenda em relação à Secretaria de Cultura. Até iria apresentá-la, mas o Ver. Hermes Dutra se antecipou e, justamente, dentro desse bom senso, nós fechamos com a sua Emenda. Destacamos apenas o nosso estranhamento com a manifestação do Sr. Secretário Municipal de Cultura, em um canal de televisão, esses dias, aliás, numa má noite, numa péssima noite. Em primeiro lugar, equivocou-se ao falar de fatos que não são de seu tempo, envolvendo a mim e a outros Vereadores da Casa, sobre a ocupação do Centro Municipal de Cultura. Depois, realmente meteu os pés pelas mãos quando declarou que, se realmente perdesse seus colaboradores, os professores, a Secretaria continuaria andando. Realmente fiquei surpreso com essa expressão, com essa manifestação. Pensei que a Secretaria era um conjunto de funcionários e não um Secretário e seu primeiro escalão. Quem sabe o super-secretário consegue fazer tudo sozinho, com o primeiro escalão. Sempre pensei que os funcionários eram fundamentais. Tenho recebido telefonemas, convite, etc., todos através de funcionários e não através do Secretário. Mas, como disse, foi uma má noite do Senhor Secretário. O Professor Felizardo, ao contrário, tem uma dinâmica muito bonita, está fazendo um excelente trabalho. Tenho certeza de que houve problema de expressão, cansado, tarde, e se passou na jogada.

A nossa preocupação, o nosso apoio a esta Emenda, a nossa iniciativa é um compromisso com a área de cultura e com a área de educação, sobretudo uma garantia em relação aos funcionários que lá desejarem continuar, dando um tempo antes de tomar a decisão final. Não concordo, tive uma discussão com colegas, não concordo em que, depois desse prazo, haja uma miscigenação de definição. Quer dizer: temos que definir, depois, mediante concurso interno, quando os cargos estiverem definidos e criados, aqueles que vão ficar na Cultura, que passarão a ser técnicos, e aqueles que preferirão voltar à Educação e ficar como professores. Porque não vamos apoiar, não apoiaria em hipótese alguma, e tive a experiência concreta no Estado, porque coordenava a área de cultura no Estado quando também lá se criou a Secretaria da Cultura, e não vamos apoiar que fique uma perna em uma vantagem e uma perna na outra. O que temos é que definir. Quem fica na Secretaria da Cultura deixa a sua condição de professor e se torna técnico, com as suas vantagens enquanto tal, trazendo o que já tinha direito. E quem decidir retornar para a área da Secretaria de Educação trará as suas vantagens, não podemos dar vantagens dos dois lados.

 

O Sr. Valdir Fraga: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. corrigiu a questão do Prof. Felizardo, e talvez tenha acontecido isto num momento de infelicidade. Mas, ele é capaz, faz um trabalho muito bom.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Tanto apóio o Prof. Joaquim Felizardo que, quando da indicação da Prof. Nídia Guimarães, fui o primeiro a me manifestar. Integro a Comissão de Premiação Açorianos Tibicuera, tenho participado de dezenas de atividades. É bom que se respalde aqui, não tem havido nenhuma censura ao nosso nome, pois somos de oposição, mas temos separado muito bem as coisas, e isto é bom para a Cidade. Lutei muito pela Secretaria da Cultura, fui um dos que mais apoiou isto e o Secretário Joaquim Felizardo. Realmente, estranhei isto naquela noite, mas passou, e não vai afetar as nossas relações.

 

O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Por ocasião da criação da Secretaria da Cultura, tentei sensibilizar estas professoras no sentido que nós cuidássemos da situação delas naquele Projeto. As professoras ficaram com medo. E a coisa ficou estanque. Tenho a certeza, Ver. Antonio Hohlfeldt, de que o destino dessas professoras está traçado, ainda mais quando a Profª Neuza veio com o parecer de que elas não podem ficar lá. O destino delas está traçado. Elas voltam para a SMED, ou serão pulverizadas.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Ver. Flávio Coulon, confesso que não estou tão pessimista. Em primeiro lugar, eu acho que vamos conseguir aprovar, aqui, a Emenda, e já disse que a partir daí devemos procurar o Secretário Felizardo, procurar a Secretária Neuza Canabarro, procurar o Prefeito Alceu Collares, tenho certeza de que teremos, inclusive, o apoio dos Vereadores do PDT, nesse sentido. Acho que vai ser importante que a gente se tome um tempo. E nesse sentido me parece que é importante, como o é hoje a discussão de uma anistia fiscal, em nível de Constituinte. Nós precisamos apoiar a Emenda para termos uma carta e podermos jogar, então, e buscarmos o meio termo.

 

O Sr. Flávio Coulon: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu estarei com V. Exa. nesta luta, mas eu sou pessimista.

 

O Sr. Adão Eliseu: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quando se refere ao Prof. Felizardo, acho que as referências de V. Exa. têm fundamento nas declarações que ele teria feito pela emissora de televisão. Depois que eu falei com ele, compreendi melhor o que ele queria dizer. Que a tal invasão por parte da Câmara Municipal à Biblioteca Municipal não teve o sentido denotativo, no sentido do dicionário, não tem esse sentido, tem o sentido verdadeiro. Porque, realmente, nós, queiram ou não queiram, nós prejudicamos o trabalho da divisão de cultura, contra nossa vontade, mas nós prejudicamos. Eu acho que o professor foi um pouco sincero, um pouco franco, mas não teve a intenção.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Eu não posso cobrar intenções, eu tenho que cobrar é meia verdade ou meia mentira. E a Ver. Gladis Mantelli, no próprio programa, interveio, depois, e esclareceu. Eu fui voto vencido, fui contra. Nós não estamos, com isso, criticando os outros Vereadores; agora, o Secretário Felizardo vai à televisão e conta meia verdade, que se torna uma mentira, porque não conta a versão inteira. Eu sou obrigado a levantar a questão. Mas isso não modifica em nada a minha amizade com o Prof. Felizardo, que é de décadas, trabalhamos juntos em várias oportunidades, em várias universidades, em Caxias do Sul, em Ijuí, na Unisinos e, evidentemente, a amizade que eu tenho com o Prof. Felizardo ultrapassa estes episódios. Agora, politicamente, eu sou obrigado a responder e contestar o Prof. Felizardo. E, como eu não estava presente no programa, mas assisti ao programa, casualmente, e a oportunidade que eu tenho de colocar e responder a questão é hoje, e quero até conversar com o Prof. Felizardo, depois, para acertarmos as pontas neste episódio. Agora, realmente, não posso calar, porque a menção foi inoportuna. Apenas isso.

Eu agradeço a condescendência da Mesa e nós vamos votar com a Associação, dentro da orientação das emendas em geral, e apenas na Emenda nº 3 nós temos dúvidas. Pessoalmente, sou contrário à Emenda, acho, realmente, que ela não cabe, mas há um apelo da Associação e eu quero ouvir os demais encaminhamentos, as demais colocações, e reexaminar eventualmente a questão. Pessoalmente, no entanto, eu sou contra e gostaria de lembrar aos professores que, em 85, como Relatores, a Verª Gladis Mantelli e eu, nós já tínhamos uma posição firmada a respeito desta questão. Não aceitamos a vinculação total, mas também não aceitamos a liberação total, apenas por fazer um curso universitário. Gostaríamos de conseguir um meio termo, como foi a nossa emenda, apresentada na ocasião. Nós queremos ouvir um pouco mais a posição dos Senhores Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Clóvis Brum.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a minha presença é muito rápida na tribuna, apenas para dizer que ouvi vários Vereadores, hoje pela manhã, alguns falando até mais de dois ou três tempos normais. Infelizmente se pode dizer que esta matéria é votada de maneira secreta, e o voto secreto prejudica, porque ele esconde no silêncio e no anonimato da cabine manifestações outras que não aquelas ditas da tribuna. Que bom que fosse excluído, de votações como esta, o voto secreto, porque aí os discursos seriam menores, de nada adiantaria se falar 10, 30 minutos, e no anonimato da cabine se dar um voto contrário àquele voto dito no discurso. Por isso, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quero, com absoluta tranqüilidade, dizer que, em que pese o Projeto ter sido enviado pela Administração Alceu Collares, não se trata de um presente, não se trata de um ato de bondade da Administração Collares; trata-se, acima de tudo, de uma velha luta, de uma luta de muitos anos do Magistério Municipal; não foi por bondade, ou gentileza, ou filantropia que este Projeto chegou a esta Casa; foi uma luta constante, com muitos sacrifícios e até com punição do Magistério. Acho que o Projeto deveria ter vindo antes, mas já chegou, e vamos aproveitar que ele está na Casa para, em votando, acertá-lo um pouco mais. O Projeto não veio na melhor forma legislativa, e até veio de uma forma, alguns artigos, berrante, e basta que se leia os artigos 59 e 60 e se notará a forma arbitrária com que se tentou encaminhar esta matéria e com que se iria, no futuro, regulamentar, porque a regulamentação da lei é muito importante, mas, corrigido com emendas da Casa, tenho certeza de que o Projeto sairá bom. Agora, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, espero que a Bancada do PDT, majoritária nesta Casa, vote as emendas de interesse da categoria e de interesse de outros professores que não estão lá na Secretaria Municipal de Educação, mas que são funcionários e são professores do Município. Portanto, espero que os Vereadores, notadamente do PDT, não fiquem só votando no Projeto, porque só votar no Projeto, este já está aprovado. O Projeto será aprovado até porque as oposições nesta Casa, que são maioria, votarão favorável ao Projeto, portanto eu espero que a Bancada do PDT também vote favorável às emendas que irão corrigir e aperfeiçoar o Projeto.

 

O Sr. Nei Lima: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exa. falou, falou e não disse nada, com todo o respeito. Quando V. Exa. procura macular pessoas, respondo que é uma luta árdua que esta categoria tem tido até o presente momento, tem sofrido e caminhado e transitado nesta Câmara o tempo inteiro para ver aprovado o seu Projeto, um Projeto que a Bancada do PDT vai votar de acordo com a decisão dos professores, dada pela direção da Associação. Nós gostaríamos que todo este verbo que V. Exa. gasta, no momento, e que até agora não falou a respeito do Projeto, só falou para criticar uma Bancada que está junto com o Magistério, fosse feito para o Governador Pedro Simon, que até hoje nada fez pelo Magistério público e nós gostaríamos que V. Exa. fizesse este discurso lá na Assembléia, com os seus Deputados e com o seu Governador, porque aqui nós vamos votar realmente no que é de interesse dos professores do Magistério Municipal.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Nobre Ver. Nei Lima, V. Exa. sabe perfeitamente que a Bancada do PDT vota, nesta tarde, de maneira acossada, porque a maioria da Bancada não pertence à Bancada do PDT, porque as oposições, nesta Casa, têm votado projetos do interesse do funcionalismo, desde o Centro de Cultura, quando a Bancada do PDT votava contrariamente ao funcionalismo do Município. Uma coisa é certa: as Bancadas oposicionistas vão votar favorável ao Projeto e vão votar, exatamente, na linha do aperfeiçoamento do Projeto, na linha em que melhore o Projeto, Projeto que não custava nada já ter vindo acertado do Executivo.

Com referência, Vereadores, ao Governo do Estado – eu não sou de fugir do debate -, tenho me posicionado com clareza no sentido de melhorar as condições de trabalho e de salário do Magistério Estadual. Há poucos dias, enviei telex, como Presidente da Comissão de Educação, pedindo ao Governador a melhoria de salário, que merece e que faz justiça ao Magistério Estadual. Pedi ao Governador, também, que se cuidasse das escolas estaduais, porque a Administração do Prefeito Alceu Collares abandonou até a conservação das escolas estaduais, sempre, desde a fundação desta Cidade, a Prefeitura Municipal, PDS, ARENA, todos, trataram as escolas estaduais. Agora, a Administração do Prefeito Alceu Collares deu as costas às escolas estaduais. Vamos encontrar uma solução para isto.

Eu não estou aqui, nobre Ver. Nei Lima, fazendo discurso fácil, de palavras vazias, não. Nós assumimos este compromisso, desde o dia em que este Projeto veio, de votar favoravelmente. E vamos fazer. E as emendas também votaremos com a mesma linha e com voto aberto. Espero, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que se possa ter uma votação bem transparente.

 

O Sr. Valdir Fraga: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Clóvis Brum, com o Convênio Município/Estado, o Estado conserva as escolas. Claro que a culpa não é só do PMDB; é de outros governos que passaram, porque as escolas vinham apodrecendo de ano para ano. Se o Município fez alguma conservação foi porque o Secretário, vamos dizer, na época, Rafael Santos ou Mano José, colaboraram. Mas a responsabilidade de conservação das escolas do Estado era e é com o Estado.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu apenas queria averbar ao discurso de V. Exa. um dado talvez da maior importância. Aqui em Porto Alegre se interditou escolas. O Município de Porto Alegre, a Administração de Porto Alegre o fez na preservação de vidas humanas, de alunos e professores.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: É, o aparte de V. Exa. foi de uma infelicidade total, porque não acrescentou nada. Por que o Prefeito Alceu Collares não interditou quando assumiu a Prefeitura, há 3 anos atrás? E só foi fazer agora quando o Governador Simon assumiu? Por que o Prefeito Alceu Collares não incluiu estas escolas no rol das escolas que deveriam ser construídas pelo convênio assinado com o Estado? Contemplava apenas 24 escolas e interditou 100. Deveria ter contemplado as 100. Sou grato.

 

O Sr. Elói Guimarães: Antes tarde do que nunca. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores, antes de anunciar o próximo orador, a Mesa, tendo em vista que esgotou os tempos regimentais, prorroga a Sessão por duas horas e convoca-se uma Sessão Extraordinária logo após, se necessário o for.

Com a palavra, o Ver. Nei Lima.

 

O SR. NEI LIMA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, professores e professoras, desnecessária seria esta minha vinda à tribuna e eu até no início da Sessão havia dito a alguns companheiros que não viria falar. Mas, lamentavelmente, há que se esclarecer alguns pontos, não com referência ao Projeto, no que peço escusas até, mas com referências a alguns posicionamentos e pronunciamentos nesta Casa, no dia de hoje. É maravilhoso irmos a reboque da oposição. Este Projeto, tenham a certeza os professores e professoras de que será, totalmente, 100% de aprovação, porque é bom sermos da situação e a oposição votar um projeto que é de interesse máximo do Magistério Municipal. Eu quero ser breve, porque quero me manter o mínimo possível nesta tribuna. Nós, da Bancada do PDT, vamos votar a reboque da oposição, hoje, e queremos votar somente aquilo que o Magistério Municipal nos determinar que se vote. Não vamos votar uma vírgula a mais, porque aquilo que for prejudicial à classe do Magistério, nós estaremos comungando a mesma oração. E o Ver. Clóvis Brum vem a esta tribuna procurar provocar, de uma forma acintosa, uma Bancada respeitável que não é majoritária, mas é muito grande e tem poder até de veto! O que nós não queremos é que venha um veto do Sr. Prefeito e nos constranja com o funcionalismo. Nós vamos votar tudo aquilo que for necessário. O Vereador veio à tribuna e não disse uma vírgula sobre o Projeto, não disse nada, e acusa uma Bancada firme e leal que esta Casa possui, que é a Bancada do PDT. Nós agradecemos a todas as Bancadas que aqui se fazem representar, que vão votar com o Magistério Municipal. São anos e anos de luta para se conseguir alguma coisa e não é o ideal ainda, nós temos consciência disso, mas já é um avanço e que, lamentavelmente, o Governo do Estado não dá, não mostra, e não adianta enviar cartinha e telex, enganar o povo com papel. Nós queremos que faça com ações. É uma má ação? Não. A ação do Governo Municipal, ora com o Prefeito Collares, é o atendimento de uma reivindicação. Existem coisas mais que o Magistério quer. O Magistério gostaria de muito mais, outras classes funcionais também. Nós estamos aqui, nesta Casa, votando sempre com o funcionalismo. Fizemos isso com o HPS, estamos agora com o Magistério. Virão outras classes a seguir, e nós estaremos junto com elas. Lamentavelmente, o Regimento Interno nos pede que votemos secretamente. Mas, nós da Bancada do PDT, e eu, particularmente, a cada vez que for àquela cabine terei o rol dos interesses da classe do Magistério e mostrarei meu voto. Se quiserem cancelar meu voto, cancelem, nós o mostraremos publicamente, a exemplo do que o Ver. Clóvis Brum pediu que fizéssemos. Não temos medo e não temos vergonha, vamos votar de acordo com os interesses da classe do Magistério Público Municipal.

 

O Sr. Clóvis Brum: V. Exa. permite? (Assentimento do orador.) Quero dizer a V. Exa. que a Bancada do PMDB está maciçamente na Casa votando favorável ao Projeto, a exemplo de todas as Bancadas de oposição. A soma dessas Bancadas, quero enfatizar, é a maioria esmagadora dos votos do Plenário da Casa. É um privilégio, a meu ver, que não deva ser de ninguém, é até uma questão de justiça a aprovação deste Projeto, uma vez que passa, rigorosamente, pela decisão, pelo acolhimento, e até eu diria, por algumas renúncias que alguns Vereadores de oposição estão fazendo ao votar este Projeto, em virtude de incidentes que se verificaram com a própria Secretaria de Educação, nesta Casa. Mas, rigorosamente, Vereador, fiquei muito contente com as últimas palavras de V. Exa.: “Não terei constrangimento”, eu também não terei constrangimento de mostrar o votinho ali, vai ficar muito bom. Sou grato a V. Exa.

 

O SR. NEI LIMA: Quero dizer que poderíamos ter votado este Projeto há mais tempo, não fora alguns segmentos desta Casa, mais precisamente dessa oposição que o Ver. Clóvis Brum fala, que truncou este Projeto. Logicamente, a urgência não nos interessava em momento algum, agora o trancamento deste Projeto também não nos interessava. É bom que se diga não foi a Bancada do PDT que truncou o andamento do Projeto. As Comissões onde a Bancada do PDT tinha os presidentes foram as mais rápidas, agora, onde andou o PMDB, na Comissão de Justiça e na própria Comissão de Educação, o Projeto está aí, estamos enfrentando uma tarde e quem sabe iremos até a noite porque simplesmente a Bancada do PDT não olhou com os olhos que devia ter olhado o Projeto.

Então, a todos vocês, professores, que nos honram com a presença, a vocês todos, o mérito de terem feito com que um Governo Municipal, após tantos anos, colocasse em votação um Projeto que não é o ideal, mas que avançou muito. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Gladis Mantelli): Com a palavra, o Ver. Brochado da Rocha.

 

O SR. BROCHADO DA ROCHA: A Sra. Secretária, ora no exercício da presidência, Srs. Vereadores, senhores professores aqui presentes, em primeiro lugar, quero deixar posto nesta tribuna o extremo cansaço mental que, através dos tempos, desde que este Projeto chegou à Casa, envolveu-me, como se este Projeto fosse algo pestilento, ruim, impróprio, descabido, e por aí afora. Em verdade não defendi ninguém, em verdade, também não defendi, como Presidente da Casa, a Casa, defendi fundamentalmente a pessoa, que não poderia cometer o erro desatinado de não ter aprendido o ABC político, que afinal precede a entrada nesta Casa. E, emendas apresentadas, não chegaram a ter o relatório concluído. E não tiveram não foi por falta de tempo, foi por absoluto constrangimento de quem relatava, que deveria fazê-lo. E os Vereadores e os aqui presentes poderão constatar quantas e quantas emendas não têm parecer. E quando falo, são esses cujos ditos pareceres de alguns casos, que o constrangimento de companheiro de mesma Bancada, tinham para com a emenda. Deixo bem claro isso, e deixo bem claro para demarcar um tempo em que nós recebíamos na Casa, tão logo entrava o referido Projeto, um pedido para que o mesmo fosse votado com rapidez, brevidade, mas com os devidos cuidados. Cuidados esses que eu acredito que os nobres Pares da Casa tiveram, mas alguns queriam não votar, escondendo-se em filigranas. A tal ponto que, muitas vezes, tivemos que passar para a prova testemunhal. Acho que entre nós todos sabem como proceder, mas muitos se esconderam em filigranas jurídicos, muitos sonegaram. Não condeno, rigorosamente, quem usou do escapismo, mas apenas ofereço a eles o meu profundo desprezo, votando o que é possível, mas não o que é demagógico, barato e infundado. E não vou me esconder naquela urna para votar, até porque haverá o retorno onde votaremos a descoberto. Há, nesse Projeto, Ver. Antonio Hohlfeldt, V. Exa. que foi tão trabalhador no Projeto, lacunas. Mas, há, Vereador, um mérito inquestionável: quando a escola privada se torna um altíssimo privilégio dentro da sociedade brasileira, quando a escola pública se torna absolutamente inviável e maltratada pelas autoridades constituídas, acho que a Prefeitura Municipal não oferece muito, mas oferece alguma coisa que, em comparação com o quadro vigente no País, é muito, apesar de ser muito pouco. Acho que não estou usando, Verª Jussara Cony, da demagogia barata, estou sendo comedido nas minhas colocações. Acho que é pouco, é muito pouco, e, sobretudo, endosso as colocações do Ver. Antonio Hohlfeldt, quando S. Exa. dizia que era importante o ensino primário, que é a vértebra de todo o processo de educação. Acho e coloco, mas acho, também, que, neste Projeto, houve alguns descaminhos e alguns escapismos muito notórios. Se alguém estava constrangido de votar este Projeto, assim ou assado, deveriam ser aqueles que têm um secretário permanentemente vaiado, não nós.

De outra forma, numa questão de representatividade, apesar de não estar fisicamente lá colocado, naquele momento, não sei por que, Ver. Antonio Hohlfeldt, ataques tão gratuitos à Câmara de Vereadores têm sido feitos. Peço a V. Exa. que tome as suas devidas providências, não a nível pessoal, mas a nível público, que as endossarei. Estou solidário com as decisões sobre o assunto.

 

A SRA. PRESIDENTE: O Ver. Wilton Araújo se inscreve e cede seu tempo a V. Exa., mais dez minutos.

 

O SR. BROCHADO DA ROCHA: Srª Secretária no exercício da presidência, quero também repelir uma acusação aqui colocada, de que era corporativismo se votar isto; eu o faço tão-somente por um detalhe, corporativismo é votarmos tudo, ou parte, ou alguma coisa; acredito que a inveja, que a incúria e a irresponsabilidade, na vida pública, levam a afirmações desse tipo. Por último, queria colocar, e me valendo do tempo do Sr. Ver. Wilton Araújo, ao qual cometi a heresia de não agradecer a cessão do tempo, pois estava a concluir um raciocínio, faço-o agora, encaminhando para a Mesa duas emendas, uma, que é a seguinte: Emenda nº 20, Subemenda à Emenda nº 20, “altere-se na tabela constante na Emenda 20 o que segue: no incentivo M3, referência C, onde se lê 34.420,00, leia-se 34.284,50, e no incentivo M3 referencia ‘D’, onde se lê 37.713,10, leia-se 37.713,00”. A presente alteração visa adequar os valores constantes da tabela de vencimento desta Emenda aos percentuais referidos no anexo 4º, tabela dos incentivos, e na Subemenda, harmonizando-se com os demais valores da tabela. Também apresento uma Subemenda à Emenda nº 20, com o seguinte teor: “A proporção entre as referências constantes da tabela do anexo 3 a que se refere o ‘caput’ deste artigo, não será inferior a 10%, calculada sobre a referência imediatamente anterior”.

Justifico: As tabelas não são exemplos. Elas estabelecem níveis de remuneração. A colocação das tabelas como apêndice da lei significa a intenção de torná-la básica em cálculos permanentes e que, portanto, é uma falha técnica do Projeto se não determinar explicitamente diferenças proporcionais entre as diversas referências, fato em que a tabela perderia a sua característica de permanência. Neste caso, não haveria necessidade sequer de estar a tabela no Projeto. O fato de estar no Projeto exige que as diferenças entre as referências estejam legalmente presentes.

Acho que cumpro com a missão, sanear alguma coisa que estava a merecer reparos e que poderia causar um dano futuro, insanável então. Ver. Flávio Coulon, eu passarei as mãos de V. Exa. e creia que não feita assim ao acaso, foi feita com bastante critério e subscrita pela Liderança do PDT, de vez que este Vereador não poderia apresentar neste momento nenhuma emenda ou subemenda como agora faz.

Sou grato aos senhores, sou profundamente grato ao Ver. Wilton Araújo que me proporcionou concluir um raciocínio e poder apresentar esta Emenda para torná-la viável, possível e adequada. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa duas Subemendas de Líder à Emenda nº 20, de autoria dos Vereadores Brochado da Rocha e Cleom Guatimozim, e uma Subemenda de Líder, de autoria do Ver. Jorge Goularte, à Emenda nº 22.

Solicito ao Sr. 2º Secretário que proceda à leitura das Subemendas recebidas.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: (Lê.)

 

“SUBEMENDA Nº 01 À EMENDA Nº 20

 

Altere-se na tabela constante na Emenda nº 20  o que segue:

‘No incentivo M3, referência C, onde se lê 34.420,00, leia-se 34.284,60 e no incentivo M3, referência D, onde se lê 37.713,10, leia-se 37.713,00’.

 

JUSTIFICATIVA

 

A presente alteração visa a adequar os valores constantes na tabela desta Emenda aos percentuais referidos no Anexo IV – Tabela dos Incentivos, e na Subemenda de nº 20, harmonizando-se com os demais valores da tabela.

Sala das Sessões, 24 de junho de 1988.

 

 

SUBEMENDA Nº 02 À EMENDA Nº 20

 

Acrescenta §3º ao art. 27 do PLE nº 28/88 – Processo nº 1010/88, de seguinte teor:

‘A proporção entre as referências constantes da tabela do Anexo III a que se refere o ‘caput’ deste artigo não será inferior a 10%, calculada sobre a referência imediatamente anterior’.

 

JUSTIFICATIVA

 

As tabelas não são exemplos, elas estabelecem níveis de remuneração. A colocação das tabelas como apêndice da lei significa a intenção de torná-las base de cálculos permanentes e que, portanto, é uma falha técnica do projeto se não determinar explicitamente diferenças proporcionais entre as diversas referências, fato que então a tabela perderia a sua característica de permanência. Neste caso, não haveria necessidade sequer de estar a tabela no projeto.

O fato de estar no projeto exige que as diferenças entre as referências estejam legalmente presentes.

 

Sala das Sessões, 24 de junho de 1988.

                                                                   (a)  Ver. Brochado da Rocha.

 

 

SUBEMENDA DE LÍDER Nº 03 À EMENDA Nº 22

 

Art. 1º - Dá nova redação ao ‘caput’ do artigo 52 do PLE 28/88, Processo nº 1010/88, como segue:

‘Art. 52 – (...) no prazo de quarenta e cinco dias contados a partir da data da publicação desta Lei’.

 

JUSTIFICATIVA

 

Trata-se de simples adequação à Emenda já apresentada ao parágrafo 1º do artigo anterior.

 

Sala das Sessões, 24 de junho de 1988.

                                                                (a) Ver. Jorge Goularte.”

 

 

O SR. PRESIDENTE: Não havendo mais oradores inscritos, a Mesa suspenderá os trabalhos para designar Relator para as Subemendas.

 

(Suspende-se a Sessão às 16h12min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 16h57min): Estão reabertos os trabalhos.

Solicito ao Sr. 2º Secretário que proceda à leitura dos pareceres às Subemendas de Líder apresentadas.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: (Lê.)

 

“PARECER Nº 21/88 - CJR/CEC/CFO/CUTHAB

ÀS SUBEMENDAS NOS 01 e 02 À EMENDA Nº 20

 

Vem a este Relator, as Subemendas nos 01 e 02 à Emenda nº 20, e de autoria da Liderança do PDT.

Trata-se, tão só, de adequação de valores, no tocante à primeira, e de fixar, quanto à segunda, um diferencial nunca inferior a 10% entre cada referência e dentro de cada padrão.

Sanam, dessa forma, as ‘falhas técnicas’ do projeto original.

Opinamos pela aprovação de ambas.

 

Sala das Sessões, 24 de junho de 1988.

                                                      (a) Ver. Caio Lustosa – Relator Geral.

 

Aprovado pelas Comissões em 24/06/1988.

 

PARECER Nº 20/88 - CJR/CEC/CFO/CUTHAB

À SUBEMENDA Nº 03 À EMENDA Nº 22

 

Vem a este Relator, a Subemenda de Líder nº 03 à Emenda nº 22, de autoria do Ver. Jorge Goularte, no PLE nº 28/88.

Objetiva, apenas, fazer com que, a exemplo do §1º do art. 51, o prazo de opção para aproveitamento dos Especialistas em Educação, no respectivo cargo, seja contado a partir da publicação da lei.

É, pois, mais favorável à categoria e nenhum prejuízo traz à Administração.

Opinamos pela aprovação da Subemenda.

 

Sala de Sessões, 24 de junho de 1988.

                                                                                (a) Ver. Caio Lustosa – Relator-Geral.

 

Aprovado pelas Comissões em 24/06/1988.

 

O SR. PRESIDENTE: Passa-se ao período de encaminhamento. Com a palavra, o Ver. Lauro Hagemann, que encaminha pelo PCB.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, evidentemente que, durante todo este dia, o processo que estamos iniciando a votação foi exaustivamente examinado. A história do Plano de Carreira do Magistério Municipal é uma história longa, dolorosa, que todos conhecem.

Gostaria apenas de ponderar que a luta dos professores do Município não se esgota em si mesma. Se os professores conseguem hoje, porque o Plano de Carreira vai ser votado por unanimidade nesta Casa, com exceção de algumas emendas polêmicas, esta luta não esgota a responsabilidade do Magistério Municipal para com os demais integrantes do funcionalismo público municipal. Gostaria de ponderar isto aos professores e professoras da Prefeitura. É toda uma luta em conjunto, porque não vamos ser tão otimistas assim. Este Projeto ainda apresenta lacunas que deverão merecer, na evolução do processo, continuados aperfeiçoamentos.

Não nos iludamos com as emendas que serão aprovadas esta tarde pela Câmara, porque existem exemplos nada edificantes de que muitas dessas emendas possam ser vetadas.

Outra ponderação que pretendo deixar à consideração do Plenário e dos professores: não é só por mero acaso que a Prefeitura está investindo nos setores fundamentais da educação, da saúde, da água, da fazenda, para que, embora não seja dito explicitamente, haja uma divisão de forças no conjunto da categoria dos municipários. Tomara que eu esteja enganado, mas é preciso que, ao sair daqui, todos reflitam sobre isso. Voto favoravelmente também, obviamente, ao Projeto. Pretendia não votar em nenhuma das emendas apresentadas, não que os nobres Pares desta Casa não tivessem direito a apresentá-las. Absolutamente, mas porque no início da discussão deste Projeto a Associação dos Professores nos pediu que não fosse oferecida emenda ao mesmo. Particularmente, entendi o recado e não ofereci nenhuma emenda, voto com o Projeto. Mas, face às ponderações, vou acompanhar a votação de algumas das emendas, aquelas que não prejudiquem o corpo do Projeto. Emendas necessárias, que visavam a corrigir até expressões lingüísticas, essas, no meu entendimento, não vão afetar o corpo do Projeto. Mas nem sobre essas eu tenho plena certeza de que não sejam vetadas. Portanto, Magistério Municipal, professores e professoras devem sair daqui bem conscientes da realidade que nos espera a todos. A luta, evidentemente, vai prosseguir, porque não se esgota aqui o elenco de reivindicações, até porque os professores do Município terão que continuar lutando para conseguir melhores condições de salários daqui para diante. Nesta tarde eles conseguem uma importante etapa, mas a luta não deve parar aqui. E, sobretudo, não esqueçam dos outros companheiros menos aquinhoados, para que a luta seja unitária. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Jorge Goularte.

 

O SR. JORGE GOULARTE: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, igualmente, como o Ver. Lauro Hagemann, entendi de não apresentar emendas no decorrer do processo, a pedido dos professores. Mas reconheço nos meus colegas que apresentaram emendas a necessidade que estes colegas viram em emendar o Projeto em várias partes, em vários artigos. Eu mesmo, agora, no final, tive que emendar um artigo para dar igualdade a um outro que tinha sido emendado. Então, eu penso que desta luta toda que foi feita em relação ao Projeto, só veio a melhorar.

E eu diria que este Projeto, que é uma luta de tantos anos dos professores - e eu faria justiça aos companheiros da Casa, alguns até já partiram para outros orientes, mas que lutaram por este Projeto, cito o Aloísio Filho, o Pessoa de Brum, o Glênio Peres, o Valneri Antunes, que já nos deixaram -, é um Projeto tão antigo que se deve prestar homenagens às pessoas que já faleceram. Até a um Vereador que está vivo, que está muito forte e muito bem de saúde, também lutou muito por este Projeto, eu presto uma homenagem, neste momento, a Rubem Thomé, que lutou tanto pela reclassificação dos funcionários municipais, especialmente dos professores.

Eu apenas gostaria, neste encaminhamento, pelo Partido Liberal, que, evidentemente, será de acordo com o que foi estabelecido em relação aos votos pelas emendas, votarei favoravelmente, é claro. Agora, espero que o Sr. Prefeito Municipal atente para algo que este Vereador fez na semana que passou e que, neste Projeto, não foi necessário. Neste Projeto se contempla o inativo. No Projeto do Pronto Socorro, excluíram os inativos. E eu tive que entrar com a emenda para contemplar os inativos, porque todo o ativo de hoje será o inativo de amanhã. Então, eu espero que o Prefeito Municipal considere que este Projeto veio completo, extensivo aos inativos. E eu quero ver o que ele vai fazer com a minha emenda, porque é justa, é legal, assim como foi o meu Projeto de reclassificação dos funcionários municipais que, infelizmente, por uma matéria malfeita, insistida, malfeita sempre, e comentada só em cima da matéria, foi vendida à população como se eu estivesse criando 300 cargos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Então, estas coisas precisam ser ditas, para que, no futuro, nós possamos avançar mais, para que todo o funcionalismo municipal tenha um Plano de Reclassificação sério, um reenquadramento de todas as categorias funcionais. Seria o ideal, e não por setor. Mas não seremos nós que iremos votar contrariamente aos interesses dos professores, que há muitos anos lutam por esta melhoria. E aqui eu fiz justiça a tantos companheiros nossos que já partiram e que lutaram, também, tanto por estes professores. Evidentemente que o Partido Liberal, que tem como candidato à Prefeitura de Porto Alegre alguém que tanto luta pelos professores, que é Sérgio Jockymann, jamais votaria contra esta classe e não o fará; votará o Projeto e as emendas que aperfeiçoam este Projeto e é, evidentemente, favorável aos professores municipais. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Raul Casa.

 

O SR. RAUL CASA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a Bancada do Partido da Frente Liberal, integrada pelos Vereadores Aranha Filho, Bernadete Vidal, Frederico Barbosa, Artur Zanella e Ignácio Neis, vai, evidentemente, se somar, mais uma vez, a este Projeto, que visa à melhoria funcional e salarial da classe dos professores. Que este exemplo sirva a outros Executivos, porque há em alguns Executivos a repulsa pela forma como conduzem este tipo de reivindicação. Votaremos de acordo com o Projeto, e de acordo com a relação que nos foi fornecida pela Associação dos Professores Municipais de Porto Alegre, com relação às emendas. Esta conquista nós nos orgulhamos de termos participado dela, e, por isso, a Bancada do Partido da Frente Liberal reitera que vota a favor dos professores municipais. (Palmas.) Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE: Pela ordem, Ver. Hermes Dutra.

 

O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, senhoras e senhores professores, a posição do meu Partido já tinha sido tomada há mais tempo, de votar favoravelmente ao Projeto, não só porque se integra na filosofia dos três Vereadores que compõem a minha Bancada, e até, pelas coincidências da vida, foram três Vereadores que exerceram o cargo de Secretário Municipal de Educação, e não poderia ser outra a nossa posição. Quanto às emendas, as 24 emendas e as duas subemendas apresentadas, a Bancada deixa a questão em aberto, e os Vereadores, a critério individual, vão optar pelas emendas. Devo dizer que a tendência é acompanhar a solicitação feita pela Associação dos Professores, o que não quer dizer que seja uma posição fechada em relação às emendas. Nós avaliaremos aquelas que serão votadas em bloco, e, sobretudo, após, uma a uma, a nível individual. Quero deixar registrado também que, a par da conquista dos professores, há uma grande questão que fica pendente, e nesta hora do encaminhamento é mais do que importante salientar, o Município de Porto Alegre, historicamente, não vem do atual Prefeito, sofre desse maldito mal, desculpem o pleonasmo, de o servidor público ficar à mercê do seu superior imediato, para obter o regime de trabalho. Já houve um avanço com a aprovação de uma lei de autoria nossa, que garante, pelo menos, o regime suplementar. Mas é necessário que se avance mais a este respeito e não fique o professor ao arbítrio do Secretário Municipal de Educação, em função do regime complementar de serviço. Neste momento em que a Bancada toma posição favorável à aprovação do Projeto, fica um apelo ao Sr. Prefeito Municipal, já que nos falecem condições de ordem constitucional para apresentação de Projeto deste tipo: que encaminhe, brevemente, um outro Projeto, garantindo estas convocações. Porque sempre será - por mais conquistas que este Plano possa ter para o Magistério - a convocação para o regime suplementar uma espada na cabeça de cada professor. Nós não temos, neste momento, Sr. Presidente, o menor pejo de vir aqui, publicamente, cumprimentar o Executivo pelo encaminhamento do Plano. É, efetivamente, uma vitória da Administração Municipal e nós não somos daqueles que usam viseiras e não reconhecem os acertos dos seus adversários. Fez bem o Prefeito Alceu Collares em mandar este Plano, mas fará melhor ainda em mandar, logo, logo, um Projeto garantindo a conquista dos regimes de trabalho. Sou grato. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Pelo PDT, encaminha o Ver. Cleom Guatimozim.

 

O SR. CLEOM GUATIMOZIM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a nossa presença na tribuna é porque, no decorrer de toda a discussão, hoje, o PDT manteve-se na sua tribuna, visto que um integrante de sua Bancada, o Ver. Elói Guimarães, como um dos relatores do Projeto, estava e está em condições de orientar a votação da Bancada, visto que examinou exaustivamente o Projeto, para que pudesse orientar nossa Bancada. Viram V. Exas. que foram poucos os Vereadores do PDT que estiveram nesta Tribuna – a Verª Teresinha Irigaray, por ser professora, o Ver. Valdir Fraga, porque apresentou emenda, e o Ver. Nei Lima. A Bancada do PDT se manteve escutando. Teve o trabalho apenas de, através do Relator, Ver. Elói Guimarães, examinar, burilar as emendas, para que o Projeto não tivesse nenhum problema que pudesse prejudicar no futuro. Os senhores sabem que uma emenda supressiva – felizmente não houve nenhuma – pode prejudicar, porque mesmo rejeitado subtrai daí do Projeto para o dispositivo, não adianta vetar. Seguindo uma orientação do Relator, Ver. Elói Guimarães, a Bancada do PDT está pronta para votar, mas acrescento algo que não foi tratado. O Plano de Classificação deve servir, e tomara que sirva, de exemplo aos professores do Estado, tão maltratados. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, Verª Jussara Cony.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, apesar das dificuldades estabelecidas por uma questão orgânica, não poderíamos deixar de encaminhar este Projeto, na medida em que se constituiu em uma conquista dos professores e não de uma dádiva. Mais que isto, é a consciência política dos senhores professores por uma vida digna, por um salário digno, estabelecido num processo de unidade dos senhores professores através da comissão e que fortalecem suas entidades representativas. Estamos pautando, neste Projeto, pela orientação dada pelas entidades representativas dos municipários; de um lado a AMPA, como um todo, e, no caso específico, a Associação dos Professores do Município de Porto Alegre. Em relação às emendas apresentadas pelos colegas, entendemos que o processo de discussão que se estabeleceu nos levou a todos, não apenas o Legislativo, mas fundamentalmente os professores, ao entendimento de que essas emendas se faziam necessárias no sentido de aprimorar o Projeto. Ao final, neste momento, nos faz entender a todos as necessidades que tínhamos, pelo mérito do Projeto, de examiná-lo com a seriedade que tem de caracterizar um Legislativo, seja Municipal, Estadual ou Federal. Aliás, a prática estabelecida no processo desse trabalho conjunto que tivemos a possibilidade de estabelecer, Legislativo e os professores do Município, em nosso entender só engrandece a todos. Aos professores, no sentido de forjar ainda mais sua unidade e a representatividade da sua entidade; e a nós, Legislativo de Porto Alegre, pela possibilidade que temos nesta tarde de termos, mais uma vez, a justa pressão dos segmentos organizados da sociedade de Porto Alegre, no caso específico de quem, no nosso entender, sustenta o ensino na cidade de Porto Alegre. Nós aprovaremos o projeto com as emendas que têm o sentido de aprimorá-lo, de acordo com a própria orientação dada pelos professores do Município, que acho também importante referendar o trabalho que têm desenvolvido junto com todas as Lideranças e a Mesa desta Casa.

Nós gostaríamos de também colocar que é importante que estabeleçamos entre nós um novo acordo neste momento em que estamos aprovando este Projeto e, principalmente, as emendas que têm o sentido de aprimorá-lo. É que se o Prefeito Municipal de Porto Alegre vetar estas emendas - que têm o sentido único e exclusivamente de aprimorar o Projeto e que são resultado deste trabalho conjunto -, que nós estejamos preparados todos, inclusive com a participação dos senhores professores, como hoje, extremamente salutar para o Legislativo, fortalece o nosso mandato e este Poder, no sentido de derrubar os vetos que só viriam em prejuízo dos senhores professores.

Gostaríamos de finalizar dizendo aos senhores professores que a aprovação do Plano de Carreira, de mérito enorme, fruto das suas lutas e não dádiva de ninguém, que sirva ao Magistério, para que o Magistério esteja cada vez mais engajado, o professorado do Município, nos direitos que devem ser de todos os funcionários públicos municipais. Exatamente o que vocês conquistam hoje, pela sua unidade, pela sua consciência, pela sua luta, sirva de exemplo, e que vocês, exatamente por esta prática política que estabeleceram, tenham a possibilidade e se engajem ainda mais naquilo que deve ser direito de todo o trabalhador brasileiro, fundamentalmente no caso dos trabalhadores do Município, por condições dignas de trabalho e por um salário digno.

Aprovaremos o Projeto, pela Bancada do Partido Comunista do Brasil, com as emendas meritórias no sentido de aprimorá-lo. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, a Verª Gladis Mantelli.

 

A SRA. GLADIS MANTELLI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fui designada pelo meu Líder, Ver. Flávio Coulon, para aqui falar em nome da nossa Bancada, em nome dos Vereadores Nilton Comin, Luiz Braz, Caio Lustosa, Clóvis Brum, meu Líder já citado e eu. O PMDB, apesar de, em algum momento da discussão ter sido colocado como responsável pelo atraso da votação, pretende e irá votar favoravelmente ao Projeto. Não poderia deixar de ser diferente, na medida em que nós acreditamos que essa luta que o Magistério fez organizadamente, e que hoje deu uma demonstração, mais uma vez, de organização e seriedade, se mantendo aqui durante todo o dia, acompanhando os trabalhos com a dignidade que o Magistério tem e da qual ele é composto. Então, a Bancada do PMDB, contrária a toda e qualquer hipótese que tenha sido levantada, votará unânime e favoravelmente ao Projeto. Quanto às emendas, está em aberto. Os Vereadores votarão de acordo com os seus critérios. Esta Vereadora, pessoalmente, votará alinhada com a Associação, porque acredita que o trabalho que foi desenvolvido até aqui merece o nosso apoio e merece ser coroado de êxito no dia de hoje. Não temos a necessidade de vir aqui defender alguma coisa que há muito tempo se vem batalhando. O Ver. Antonio já teve esta oportunidade de colocar aqui nesta tribuna o trabalho que já se faz, desde a 5.732, e inclusive revogou o antigo Plano de Carreira que o Magistério já possuía. Sem discutir o mérito deste Plano ou não, ele existia, e hoje nós já estamos - como disse o Ver. Hermes Dutra, ao Executivo Municipal atual - trazendo a esta Casa a votação, novamente a recomposição de um Plano de Carreira, mas que não teria vindo a esta Casa se não com o esforço e a luta que vocês, professores, desempenharam para que isto viesse a acontecer. Eu parabenizo a categoria pela união, pelo seu trabalho e até pelo espírito que norteou o trabalho da Comissão, no sentido de que, para que se chegasse a um entendimento, as concessões que se fizeram necessárias o foram. A esta Casa competia fazer o que fez, que foi estudar, analisar e, sentindo a necessidade de apresentação de emendas, o fez, apesar da solicitação da categoria que não o fizesse. E acho que hoje está absolutamente claro à categoria que as emendas que foram apresentadas, senão todas, em grande maioria se faziam absolutamente necessárias, no sentido de realmente melhorar, quer do ponto de vista redacional, o Projeto, quer do ponto de vista dos seus méritos. Eu mais uma vez me congratulo com os professores pelo esforço e pelo trabalho que fizeram para que se pudesse chegar até aqui. Então, reitero que a Bancada do PMDB, com unanimidade, votará favoravelmente ao Projeto e, em aberto, em relação às emendas. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Antonio Hohlfeldt, pela Bancada do PT. Após, Bancada do PSB, Ver. Werner Becker.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhores professores, estamos chegando ao final deste processo, que pode ser cansativo a todos vocês, mas que é importante na medida que permite exatamente a melhoria do Projeto. Vejo que ainda no decorrer da Sessão poderemos ter mais três correções que são importantes para o Projeto. Esta era exatamente a nossa preocupação, de podermos chegar a um consenso. Temos inclusive consenso em várias emendas que serão votadas em bloco, tanto que, digamos entre aspas, o tempo que se perdeu na discussão até agora vai se ganhar na hora da votação e que dá um ganho muito maior porque votaremos várias emendas conjuntas, de comum acordo a todas as Lideranças, armado todo o esquema. Essa é a função do Plenário; exatamente da discussão chegarmos a determinados parâmetros, para podermos encaminhar, então, este resultado. Queria ainda dizer aos professores que havia firmado antes e mantenho a minha posição contrária à Emenda nº 3. Mas como há, de modo geral, um posicionamento de encaminhamento a esta Emenda favorável, nós também vamos seguir esta orientação, embora pessoalmente seja contrário a ela, mas vou seguir como a maioria dos Vereadores até para a gente manter este trabalho conjunto. Creio que é importante nós inclusive repetirmos aqui o que já foi dito por alguns Vereadores, de que esta luta ainda não terminou. Ainda temos várias conquistas, e não digo isto como crítica à Administração. Esta é uma etapa, e faria um apelo a todos vocês, para que a vitória nesta etapa não afaste a luta dos professores do restante do conjunto do funcionalismo. Esta é a nossa preocupação: o respeito, o apoio à direção da entidade de vocês, mas também a valorização da luta do conjunto dos funcionários públicos municipais. E se nós fragmentarmos esta luta, realmente, teremos dificuldade na vitória. No mais, nós vamos seguir estritamente a orientação dada pela Associação e assim votaremos: com o Projeto em todas aquelas emendas que ela apóia. Nas emendas em que a Associação não tiver posição, uma das quais de nossa autoria, vamos votar conforme ação pessoal de cada um. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Werner Becker.

 

O SR. WERNER BECKER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e senhores funcionários da Casa. O Partido Socialista Brasileiro vota a favor e apenas pretende relembrar e esclarecer àqueles que confundiram pressa e açodamento com posição contrária ao Projeto.

Entendo que se retardaram de dez a doze dias a aprovação do Projeto, mas com benefício muito grande ao próprio Projeto. A impaciência nem sempre ou geralmente não é o melhor caminho. Tenho certeza de que o Projeto, depois de consciência e reflexão de todos, não só de alguns, será aprovado por unanimidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Submetemos ao Plenário Requerimento das Lideranças da Casa, solicitando sejam as Emendas 06, 07, 11, 12, 18, 24 e 20, com suas Subemendas, votadas em bloco.

Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

A Mesa esclarece o seguinte: vota-se primeiro o Projeto, depois, vota-se a Mensagem Retificativa, depois as emendas em bloco, como foram divididas, e as demais, individualmente.

A Mesa pergunta se ficou alguma dúvida. Ao mesmo tempo, pede que a Secretária verifique se ficou devidamente esclarecido.

Em verdade, há uma proposição levantada que me parece pertinente, de a Mensagem Retificativa ser votada junto com o Projeto, de vez que ela faz parte integrante do Projeto. Então, teremos uma votação. A segunda votação seriam as emendas em bloco, após, as outras emendas. Todas as votações são secretas. Para tal, peço que o Ver. Aranha Filho e o Ver. Clóvis Brum façam o papel de escrutinadores e fiscais.

Em votação o PLE nº 28/88, com Mensagem Retificativa. Solicito ao Sr. 2º Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: (Procede à chamada nominal dos Srs. Vereadores.) Votaram 31 Srs. Vereadores.

 

(É procedido ao escrutínio.)

 

O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLE nº 28/88, com Mensagem Retificativa, por 30 votos SIM e 01 voto EM BRANCO.

Passaremos, a seguir, à votação em bloco das Emendas 06, 07, 11, 12, 18, 20, com suas Subemendas, e 24.

Solicito ao Sr. 2º Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: (Procede à chamada dos Srs. Vereadores.) Votaram 31 Srs. Vereadores.

 

(É procedido ao escrutínio.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Gladis Mantelli): APROVADAS as Emendas 06, 07, 11, 12, 18, 20, com Subemendas, e 24, por 28 votos SIM, contra 2 votos NÃO e um EM BRANCO.

Em votação a Emenda nº 02.

O Sr. 2º Secretário procederá à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: (Procede à chamada dos Srs. Vereadores.) Votaram 31 Srs. Vereadores.

 

(É procedido ao escrutínio.)

 

A SRA. PRESIDENTE: APROVADA a Emenda nº 02 por 24 votos SIM contra 07 votos NÃO.

Em votação a Emenda nº 03.

Solicito ao Sr. 2º Secretário que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para a votação.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO: (Procede à chamada dos Srs. Vereadores.) Votaram 30 Srs. Vereadores.

 

(É procedido ao escrutínio.)

 

A SRA. PRESIDENTE: REJEITADA a Emenda nº 03, por 14 votos SIM contra 15 votos NÃO e 01 em BRANCO.

Esgotado o prazo regimental, declaro encerrados os trabalhos.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h25min.)

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